Zambiasi promete fundo para vagas









Zambiasi promete fundo para vagas
Sérgio Zambiasi, candidato ao Senado pelo PTB, propôs ontem reserva especial no orçamento da União para fundo que deverá ser investido na geração de trabalho para chefes de família com mais de 40 anos. A preocupação de Zambiasi com essa faixa etária vem desde o primeiro mandato como deputado. Uma das suas propostas era conceder incentivo aos que empregassem funcionários com mais de 40 anos. Zambiasi buscou a criação de frentes de trabalho, assegurando prioridade às pessoas dessa idade. Para o candidato, o desemprego nesses casos é mais preocupante do que o registrado entre jovens, especialmente os que buscam a primeira oportunidade no mercado de trabalho.


Tarso: RS vive dias decisivos
Diz que há a possibilidade de afirmar a hegemonia popular iniciada por Olívio

O candidato do PT ao Palácio Piratini, Tarso Genro, afirmou ontem que o partido está trabalhando para a vitória no 1º turno, mas que, caso isso não ocorra, haverá duas comemorações, referindo-se à eleição no 2º turno. Reafirmou que estão em jogo dois projetos totalmente antagônicos para o Rio Grande do Sul. 'O nosso é o da participação popular, da inclusão, com o desenvolvimento alicerçado na base produtiva gaúcha, e o outro, o da exclusão social e do neoliberalismo', destacou. Acrescentou que o Estado vive dias decisivos para o futuro, com a possibilidade de afirmar a hegemonia popular, aprofundando 'o projeto generoso, solidário e democrático' que começou com Olívio Dutra em 1999.

Segundo Tarso, os programas eleitorais do PT no rádio e na TV para majoritária, que terminam hoje, buscarão principalmente a mobilização da militância nestes últimos dias de campanha. 'Nós temos uma história de ampliação da base de votos na reta final da disputa', argumentou. Tarso salientou o caráter agregador da Frente Popular. 'O nosso comício na segunda-feira foi um dos maiores que Porto Alegre já viu', destacou.
O coordenador da campanha de Tarso, José Eduardo Utzig, confirmou a pretensão de ter o apoio da direção do PDT no Estado, além das manifestações recebidas de integrantes do partido que não concordam com a adesão ao PPS. 'Estamos iniciando contatos e articulações para que isso aconteça', ressaltou. Lembrou que a história e o projeto político dos trabalhistas têm semelhanças com o PT, salientando que respeitam a legitimidade de outras candidaturas apoiadas pelo PDT. Tarso encerrou a agenda de ontem realizando comícios em São Lourenço do Sul, Rio Grande e Pelotas.


Rigotto elogia trajetória de tucano
Germano Rigotto, candidato do PMDB ao governo, defendeu ontem, em Pelotas, o presidenciável José Serra, ao afirmar que é o mais preparado para assumir o comando do Palácio do Planalto. Elogiou a trajetória política do tucano e disse acreditar no seu crescimento no Rio Grande do Sul até domingo. O desempenho de Serra no Estado nas pesquisas de intenção de voto é um dos melhores do país. Sobre a candidatura ao governo, salientou que intensificará parcerias com os municípios para garantir a execução de programa de desenvolvimento regional. Para Rigotto, é essencial que essa união seja marcada por ações que signifiquem de fato melhorias nas regiões. Ele voltou a pedir empenho da militância na reta final da campanha. 'Faltando apenas cinco dias, é preciso intensificar a apresentação de propostas e mostrar aos cidadãos gaúchos que podemos vencer com projeto novo', afirmou. Rigotto fez caminhada e participou de carreata em Pelotas. Acompanhado de Serra, visitou também Rio Grande e Santa Maria.


Bernardi ressalta sua história
Celso Bernardi, candidato do PPB ao Palácio Piratini, ressaltou ontem, em Caxias do Sul, que se considera privilegiado por percorrer o Estado sem precisar dar explicações sobre a sua vida política ou ações praticadas quando ocupou cargos no Executivo. 'Ao contrário de outros candidatos, tenho apresentado propostas, dizendo o que e como farei para devolver aos gaúchos a esperança de voltarem a uma vida melhor e mais digna', argumentou Bernardi.

O candidato disse que espera conquistar os votos dos eleitores que ainda não decidiram sua posição. Enfatizou que honra a palavra, a honestidade, o trabalho, a seriedade e a eficiência na administração pública como atributos da candidatura e do partido que representa. À noite, acompanhado dos candidatos a vice da sua chapa, Denise Kempf, e do PPB ao Senado, Hugo Mardini, participou de comício na praça Dante Alighieri, também em Caxias do Sul.

Amanhã, ele vai realizar, em Santo Ângelo, sua terra natal, o showmício final da sua campanha ao governo do Estado. Estão previstas presenças de músicos locais e do Gaúcho da Fronteira. Sobre o desempenho de quarto lugar nas pesquisas eleitorais, Bernardi opinou que quem vai escolher o próximo governador não serão os institutos, mas os eleitores gaúchos. 'São eles que irão optar pelo futuro agora e depois enfrentar durante quatro anos as conseqüências da sua escolha', preveniu o candidato.


Paim aposta em maior mudança
O deputado federal Paulo Paim, candidato do PT ao Senado, disse ontem que a sociedade brasileira está a poucos dias de definir a maior mudança política do continente americano. Segundo ele, é importante que neste momento da campanha a militância faça trabalho intenso de corpo-a-corpo e ensine o eleitor a votar na domingo. 'Nós temos de trabalhar dia e noite fazendo uma política de convencimento de que o projeto do PT é o melhor para o Estado e para o país', acrescentou. Paim disse que a visita de Luiz Inácio Lula da Silva, segunda-feira, ao Rio Grande do Sul mostrou que a população está mobilizada e preparada para a eleição do dia 6.


Agenda dos candidatos

HOJE
11 Celso Bernardi (PPB)
18h: reunião com a coordenação da campanha. 22h15min: debate TV.
13 Tarso Genro (PT-PCB-PC do B-PMN)
12h15min: lançamento do comitê suprapartidário, Mercado Público. 14h: gravações de programas. 22h15min: debate.
15 Germano Rigotto (PMDB-PSDB-PHS)
9h: Fundação Ulysses Guimarães. 22h15min: debate.
22 Aroldo Medina (PL-PSD)
Manhã: Lomba do Pinheiro e Viamão. Tarde: vilas Farrapos e Bom Jesus. 22h15min: debate.
23 Antônio Britto (PPS-PFL-PT do B-PSL)
22h15min: debate.
29 Oscar Jorge (PCO)
20h: jantar com o presidenciável Rui Costa Pimenta, na churrascaria Coqueiros.
40 Caleb de Oliveira (PSB)
22h15min: debate.


Collares: Ciro merece respeito
O deputado federal Alceu Collares, candidato à reeleição pelo PDT, assegurou ontem que o partido manterá sua tradição de ir até o final da disputa eleitoral apoiando Ciro Gomes à Presidência. Segundo ele, as notícias em torno de renúncia de Ciro, provocadas a partir de declarações de Leonel Brizola, não passam de especulações. Collares afirmou que, mesmo que isso tivesse algum fundamento, uma decisão dessa ordem seria polêmica e constrangeria os pedetistas que integram a Frente Trabalhista. O deputado considera Ciro um jovem político que merece respeito e já se mostrou capaz para comandar o país.

Collares avaliou ainda que a campanha do PDT no Estado encontrou dificuldades após a renúncia de José Fortunati na disputa ao Palácio Piratini, superadas com o passar dos dias. A perspectiva, conforme ele, é que o PDT repita as bancadas na Câmara e na Assembléia Legislativa, elegendo novamente quatro deputados federais e sete estaduais. Collares declarou estar fazendo campanha de convencimento direto do eleitor, percorrendo casas e conversando com as pessoas nas ruas. O deputado tem concentrado o seu trabalho na região Metropolitana, mas também percorre algumas cidades do interior do Estado.


Termina novela eleitoral
O último capítulo da novela dos can didatos ao governo no horário eleitoral gratuito deve ter hoje os protagonistas da campanha. Os principais candidatos darão sua mensagem antes do domingo, dia do 1º turno. A propaganda se encerrará amanhã com os presidenciáveis. No enredo, é certa a convocação da militância para a batalha atrás de mais votos. A Frente Popular, de Tarso Genro, exibirá cenas do showmício do Largo da Epatur, na segunda-feira, com Luiz Inácio Lula da Silva. 'A mobilização em massa é uma característica dos petistas', destacou José Eduardo Utzig, coordenador da campanha. O alvo da Frente são os indecisos.
O programa de Germano Rigotto, da União pelo Rio Grande, será em ritmo de retrospectiva dos melhores momentos da disputa. A coligação mostrará como Rigotto saiu dos 4% nas pesquisas para o posto de forte concorrente a uma vaga no 2º turno. Propostas de governo e a mensagem do candidato estão previstas. Rigotto pedirá aos eleitores para olharem o futuro, recusando a polarização entre o atual e o governo anterior. Celso Bernardi, do PPB, tentará passar aos apoiadores a confiança de chegar ao final da sucessão. A coligação Rio Grande em Primeiro Lugar faz mistério, mas não evitará combinar Antônio Britto e o contato com militantes.


Governo prepara as salas da transição
Mesmo que a eleição não seja definida no 1º turno, a partir do dia 10 deste mês, 800 m² do Centro de Treinamento do Banco do Brasil, que estão em reforma, ficarão prontos para receber o presidente eleito e a sua equipe. O governo federal destinou R$ 300 mil para montar as seis salas com 50 computadores, 60 linhas telefônicas, fax, copiadoras e impressoras de alta resolução. Em bora o governo tenha disponibilizado 50 cargos comissionados para a equipe de transição do novo presidente, até 100 pessoas poderão ser acomodadas no centro, situado numa região nobre de Brasília. O gabinete do presidente terá sala de reunião com mesa para 20 pessoas. O principal auxiliar do presidente eleito receberá salário de R$ 8 mil. Os demais terão remuneração variável entre R$ 1,22 mil e R$ 7,5 mil.


Brizola recua e apóia a Frente
O presidente do PDT, Leonel Brizola, decidiu que o partido continuará na Frente Trabalhista, ao lado de Ciro Gomes, depois da tentativa de formalizar apoio ao candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva. 'Ciro se mantém candidato e vamos com ele até o fim', anunciou ontem o vice-presidente do PDT, Carlos Lupi. Segundo ele, a decisão é de Brizola e de todo o partido. Na semana passada, Brizola disse que estava fazendo uma reflexão sobre a possibilidade de renúncia de Ciro, para garantir a eleição de Lula no primeiro turno e evitar um confronto com o tucano José Serra no segundo turno. O líder pedetista defendeu a união das oposições e disse que aguardava ser procurado pela direção nacional do PT. O presidente do PT, deputado federal José Dirceu, esteve no Rio segunda-feira, mas disse que não trataria de um assunto interno da Frente Trabalhista.

Ao mesmo tempo, Ciro avisou aos pedetistas que não há hipótese de abrir mão da candidatura. Dentro do PDT, havia quem ponderasse que abandonar Ciro seria prejudicial para Brizola e o partido, a não ser que o próprio presidenciável desistisse da disputa. Uma reunião do conselho político do PDT, marcada para ontem de manhã, foi cancelada e, no início da tarde, Carlos Lupi informou a decisão partidária de continuar com Ciro no primeiro turno. 'No segundo turno vamos ver que posição tomar', disse o vice-presidente pedetista. É provável, porém, que o PDT formalizará o apoio a Lula logo depois do dia 6 se de fato Ciro ficar fora da disputa.


Rita destaca garra dos gaúchos
A candidata à vice-presidência da República, Rita Camata, esteve ontem em Pelotas e Santa Maria acompanhando o último roteiro de José Serra no Estado durante o 1º turno. Pela quarta vez no Rio Grande do Sul desde o começo da campanha, Rita disse se sentir 'quase gaúcha', tanto que chegou a cantar trechos do Hino Rio-Grandense ao final dos seus discursos, de Serra e de Germano Rigotto, no CTG Tomaz Luiz Osório, em Pelotas. 'Em todos os estados que visitei no decorrer da campanha encontrei gaúchos trabalhando, desenvolvendo-se e levando a garra deste povo para outras regiões', enfatizou. Confiante de que chegará ao 2º turno, Serra disse que, para vencer a eleição, é preciso causar 'ventania'. Explicou: 'Os que já decidiram votar em mim não devem ficar apenas nisso. Têm de sair daqui soprando para formar uma ventania. Vamos chegar lá soprando', disse, ao dar vários sopros ao microfone. Serra chegou na madrugada de ontem a Porto Alegre. Pela manhã, reuniu-se com o candidato do PPB ao governo, Celso Bernardi.


Candidato critica a situação do Rio
José Serra garantiu ontem no Estado que, se eleito, abrirá guerra contra o crime. O candidato à Presidência pelo PSDB-PMDB criticou o 'jogo de empurra-empurra' no Rio de Janeiro entre o seu adversário Anthony Garotinho, do PSB, e a atual governadora, Benedita da Silva, do PT, 'que não querem se responsabilizar pelo grau de insegurança que atingiu o estado'. O tucano disse que está sendo vítima das 'mentiras' de Garotinho na propaganda de TV, salientando que nunca propôs reajuste do salário mínimo de R$ 11,00. Ressaltou que, ao chamar Garotinho de 'mentiroso' e Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, de 'candidato de duas caras', não está cometendo ataques pessoais. 'Dizer que é mentiroso não é ofensa se ele de fato mentiu', argumentou.


PL aposta em filiações do PFL
O presidente do PL e líder na Câmara, Valdemar Costa Neto, disse ontem que acredita que boa parte dos eleitos pelo PFL irá migrar para o seu partido se o PT vencer a eleição presidencial. Acredita o PFL deverá eleger a maior bancada de senadores e de deputados federais. O PL é o partido de José Alencar, candidato a vice-presidente na chapa da Luiz Inácio Lula da Silva. 'Nossa previsão é de que cerca de 50 deputados do PFL entrem no PL', afirmou Valdemar.

O presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen, porém, não acredita em tamanha debandada. Ele calcula que o PFL fará de 94 a 100 deputados. Sabe que há perigo de adesão forte ao PL num governo de Lula, mas acredita que será possível conter a migração com medidas legais que poderiam ser tomadas pelo Congresso. 'Em 1998, pelo menos 30 deputados mudaram de partido, entre a eleição de outubro e a posse, em fevereiro', lembrou Bornhausen. Portanto, as adesões são históricas.

A solução para conter a onda de mudança, segundo Bornhausen, seria o Congresso aprovar, emergencialmente, seu projeto de lei que obriga o parlamentar a permanecer no partido, sob pena de perder o mandato. A proposta passou pelo Senado e está parada na Câmara. Não foi votada por falta de consenso. Ela cria a fidelidade partidária pelo prazo de filiação. O candidato teria de ter, pelo menos, quatro anos de filiação para trocar de partido.

'A adesão de gente do PFL ao PL ocorrerá naturalmente', afirmou Valdemar. Segundo ele, sempre houve bom relacionamento. 'Pensam como a gente', justificou Valdemar, que, juntamente com o presidente do PT, José Dirceu, foi peça fundamental na aliança de Lula com o PL. Conforme o presidente do PL, no PT calcula-se que chegarão ao seu partido pelo menos 50 pefelistas. Como o PL acredita que elegerá 30 deputados, se a adesão do PFL for mesmo grande, o partido terá uma bancada de 80 deputados, contra os atuais 22.


Ciro tenta esclarecer os equívocos
Ciro Gomes, candidato da Frente Trabalhista à Presidência, usou seu programa do horário eleitoral gratuito de ontem para se defender e tentar esclarecer os equívocos que ele mesmo cometeu na campanha. Sob imagens usadas pela aliança PSDB-PMDB, do candidato José Serra, em que exibia a frase 'Ciro. Mudança ou problema?', um locutor afirmou: 'Por estar ao lado do povo, Ciro virou alvo da maior campanha d e difamação que este país já viu'. Pouco depois, o locutor disse que a mentira tem pernas curtas e, com imagens da entrevista concedida ao programa Canal Livre, de 22 de setembro, esclareceu o caso ocorrido numa rádio da Bahia, em que Ciro chama um ouvinte de burro. 'Foi mostrado somente um pedacinho. Foi editado, cortado e ninguém mostrou que o cidadão me insultou violentamente. Eu não tinha o direito de ser humano, concordo', avaliou.

Após, na mesma entrevista, o candidato corrigiu sua opinião sobre as mulheres, um mal-estar criado por conta de uma afirmação que dera que a função fundamental de sua mulher, a atriz Patrícia Pillar, era de dormir com ele. 'As mulheres já são maioria do eleitorado. Ganham 80% dos salários pagos aos homens pelo mesmo trabalho e, de 100 famílias pobres, 58 são chefiadas por mulheres. O que eu diria é que se valorizem. A mulher tem o adicional que é a sensibilidade e que pode mudar o futuro do país', salientou. Cembrou o episódio de Curitiba, em que abandonou uma caminhada. A imprensa tratou o assunto como um ato de irritação e, no programa, dizia o locutor que seus adversários 'acusaram Ciro de ter pavio curto'.

'Para mudar verdadeiramente o Brasil, eu preciso do seu apoio. Peço o seu voto e o de sua família', convocou. Ciro apelou ainda para que os eleitores se reúnam e procurem discutir e saber melhor seu passado, de onde veio e o que fez. 'Conheça as nossas propostas com detalhes, veja as respostas práticas, com pés no chão, o que nós temos para oferecer para cada um dos graves problemas brasileiros', acrescentou.


Garotinho espera hora da verdade
Prevê 2º turno entre ele, que representaria oposição autêntica, e Lula, chamado de 'Lulinha do Sarney'

O candidato do PSB à Presidência da República, Anthony Garotinho, disse ontem, em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, que o 2º turno das eleições será a hora da verdade entre ele, que representa a oposição autêntica, e Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, que se juntou aos poderosos. 'Ele é o Lulinhaney, o Lulinha do Sarney', afirmou em cima de uma caminhonete, após caminhada. O socialista se classificou como o único candidato que não aceitou dinheiro de banqueiro e não sujou as mãos com políticos. Citou que, além de Lula com José Sarney, Ciro Gomes, da Frente Trabalhista, conta com Fernando Collor. 'Eu me juntei com o povo', salientou Garotinho. Pouco antes, no primeiro comício do dia, em Abreu de Lima, ele havia destacado ser o único presidenciável com coragem para enfrentar os banqueiros, que 'ganham demais'.

Em Abreu de Lima, Garotinho recebeu a adesão do prefeito Jerônimo Gadelha, do PDT, e discursou em cima de um trio elétrico. Ele ressaltou que sua campanha é a mais pobre e humilde que um candidato já fez, mas que cresce porque, mesmo tendo partido pequeno e tempo reduzido na televisão, há Deus para levá-lo a vitória. Numa crítica ao programa eleitoral de José Serra, ele disse que não é Chitãozinho e Xororó nem Elba Ramalho que vão arranjar emprego para a população. 'Postos de trabalho são gerados com juros baixos e crédito', afirmou. Garotinho acrescentou que quem quer um salário mínimo de R$ 280,00 em maio do próximo ano o escolhe como candidato.

O socialista usou o horário gratuito na TV para criticar os lucros obtidos pelos bancos. Argumentou que com essa lógica a indústria acaba perdendo. O programa voltou a mostrar que Garotinho é o único candidato independente, sem alianças 'escusas'.


Serra denuncia contradições do PT
Aponta que há um partido na campanha e outro durante o governo, 'cúmplice de invasões de terras'

O presidenciável José Serra, do PSDB, manteve ontem, em visita a Pelotas, Rio Grande e Santa Maria, a linha de ataques ao seu principal adversário na corrida pelo Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT. O tucano afirmou que a disputa não está decidida e que tem convicção de que passará para o 2º turno. Em crítica velada a Lula, Serra salientou que não tem duas caras como o PT, que é um durante a campanha e outro quando governa. 'Podem dizer que sou antipático, apesar de eu achar que não sou tanto, mas em toda minha vida fui um só. Serei presidente de uma cara, tomando as decisões, não como outros que acham que comandarão uma organização não-governamental e que para decidir terão que consultar a todos no partido', afirmou.

Segundo Serra, as eleições estão deixando evidente que existe um PT que apresenta campanha de TV 'que leva todo o mundo para o céu', mas outro real, com resultados administrativos ruins nos estados. 'Temos dois Partido dos Trabalhadores. O da TV, bonzinho e paz e amor, e o que existe aqui no Rio Grande do Sul. O PT real é cúmplice de invasão de terras, atrasa alguns salários e não cumpre exigências constitucionais nas áreas da educação e da saúde', argumentou.

O ex-ministro salientou que o Rio Grande do Sul precisa se industrializar, voltando ao posto de líder. 'Daqui saiu Getúlio Vargas, o presidente que impulsionou o Brasil para a modernidade. O país precisa de homens teimosos como eu e Germano Rigotto para fazer as mudanças que precisa', disse, referindo-se ao candidato da União pelo Rio Grande ao governo gaúcho.

Serra chegou a Pelotas às 13h, acompanhado da sua vice, Rita Camata. Seguiram em carreata do aeroporto até o CTG Tomaz Luiz Osório, onde se reuniram com produtores e lideranças locais.


Lula é elogiado, mas ficam dúvidas
Disposição ao diálogo e opiniões anteriores provocam questionamentos de empresários gaúchos

Empresários gaúchos que participaram ontem de encontro com o candidato do PT ao Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva, em Porto Alegre, deixaram a reunião com avaliações positivas e algumas dúvidas. O ex-presidente da Federação das Associações Empresariais do Estado Anton Karl Biedermann disse que a impressão causada por Lula foi muito boa. 'O setor não tem contestação a fazer ao discurso dele, mas resiste uma incerteza quanto ao programa do partido, que é oposto ao que o candidato expressa', declarou Biedermann. O ex-dirigente ressaltou que o presidenciável do PT sempre lhe pareceu autêntico e que não considera a sua fala meramente eleitoral.

O candidato do PT respondeu a questões que têm motivado polêmica no Estado, como invasões de terra e reforma agrária. Para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, Luís Roberto Ponte, o mais significativo foi que Lula salientou que quer dialogar. O diretor regional da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, Gilberto Machado, lembrou que, por 20 anos, o PT se manteve radicalmente contra o liberalismo e, em seis meses, abrandou a posição. 'O mercado não parece estar confiante na nova versão', ponderou. Segundo ele, o tom conciliador é bem-vindo, mas fica a dúvida sobre até que ponto a postura se refletirá nas ações de governo. Para Lula, o encontro não foi nem mais nem menos cordial que os demais. Ele se mostrou confiante no relacionamento com o Congresso, em uma eventual vitória da sua chapa. 'Por mais que nós concordemos ou não com o Legislativo, no domingo a população elegerá deputados e senadores e será com eles que teremos de nos relacionar', concluiu.

De Porto Alegre, Lula seguiu para a cidade paulista de São Bernardo do Campo, onde realizou uma caminhada que representou o seu último grande ato de campanha antes do 1º turno. O evento teve a presença do governador de Minas Gerais, Itamar Franco.

O programa de TV do candidato do PT apresentou sua proposta de crescimento e geração de emprego e renda. Na abertura, o presidenciável explicou que o atual modelo econômico está esgotado e que é preciso produzir mais para aumentar a economia do povo. O programa apresentou ainda os planos para o aumento da exportação e a redução da taxa de juros, além da reforma ag rária.


FHC alerta o sucessor
Em advertência ao seu sucessor, o presidente Fernando Henrique Cardoso alertou ontem que está equivocado quem supor que os milhões de votos obtidos nas urnas e a simples vontade política serão suficientes para o eleito resolver todos os problemas do país. Após ter defendido o candidato da aliança PSDB-PMDB, José Serra, na segunda-feira, Fernando Henrique voltou a criticar a oposição, enfatizando que a redução da taxa de juros, plataforma de todos os presidenciáveis, não depende apenas da decisão do governo.

Fernando Henrique recomendou ainda que o presidente não pode ter medo de se expor ou de defender as suas convicções. 'Não adianta termos milhões de votos. Eu fiz tantos. Quem pensa que com isso resolve está enganado', desabafou durante discurso na cerimônia de comemoração dos 38 anos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, em Brasília. De acordo com FHC, a legitimidade e a confiança se renovam diariamente. Ao defender a continuidade das reformas econômicas e do Estado, particularmente a tributária, o presidente não poupou críticas às promessas de campanha. Em relação ao PT e a economistas que não apostaram ou divergiram do Plano Real, declarou que hoje eles são ardorosos defensores da estabilidade da moeda.


Ruas prega fidelidade partidária
Quem se eleger e trocar de partido deverá perder o mandato, conforme projeto a ser apresentado por Pedro Ruas se conseguir vaga a deputado federal. Atual presidente regional do PDT, ele defende a fidelidade partidária e entende que as pessoas têm o direito de rever suas posições, mas, se mudarem de sigla, devem perder os mandatos ou cargos que ocupam em nome da anterior. No rompimento entre o PDT e o PT, Ruas foi o único secretário de Estado que renunciou ao cargo para permanecer no partido. 'A democracia precisa de partidos fortes, em que os projetos pessoais devem se submeter à disciplina das agremiações partidárias a fim de que a sociedade possa conhecer ideologias e posições políticas e não meras opiniões ou interesses pessoais', argumentou. Hoje, a legislação que regula a matéria permite a mudança de partido sem a perda de mandato.


Região de Bagé tem a estrutura pronta
O Cartório Eleitoral da 7a Zona, com sede em Bagé, realiza hoje a última reunião preparatória para a eleição de domingo, com a participação da juíza Naira Melquis Caminha. De acordo com o chefe do órgão, Renato Ribeiro, toda a estrutura para a votação já foi finalizada. As urnas, testadas e programadas, receberam o lacre e estão prontas para uso. Há a reserva técnica de 10% do número das máquinas. A operação começará a partir das 8h do dia 6 nas 284 seções dos municípios de Bagé, Hulha Negra, Candiota e Aceguá. Em Bagé, irão funcionar 241 seções com 79.785 eleitores inscritos; em Candiota, serão 18 seções, com 5.712 eleitores; em Hulha Negra, há 14 seções para 4.166 eleitores inscritos; e em Aceguá, funcionarão 11 seções, onde são esperados 3.397 eleitores.


Sarney e inimigos escolheram o PT
O Maranhão inova na atual campanha à Presidência ao unir inimigos históricos no apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT. Painéis em que Lula aparece ao lado do ex-presidente José Sarney, do PMDB, estão espalhados por São Luís. Tradicional adversário da família Sarney, o candidato do PDT ao governo, Jackson Lago, também defende o apoio ao presidenciável do PT no 1º turno, com a desistência de Ciro Gomes.

O candidato ao Senado Epitácio Cafeteira, outro opositor de Sarney, aproximou-se de Lula, apesar de continuar fiel à amizade com Paulo Maluf e de torcer pela vitória do candidato do PPB ao governo de São Paulo. A ex-governadora Roseana Sarney declarou na semana passada o voto a Lula. Sarney Filho, seu irmão, ainda não disse quem apoiará, mas o mais provável é que também fique com Lula.


Aneel quer garantir que não faltará luz
As distribuidoras de energia elétrica deverão adotar medidas especiais para garantir o fornecimento normal de eletricidade durante as eleições e o período de apuração. A determinação foi enviada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) às 64 distribuidoras de energia do país, que devem informar até amanhã a agência sobre a estratégia que adotarão. O comunicado, remetido também ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), vale para o 2º turno, no dia 27 deste mês. O ONS vai repetir no dia das eleições o esquema utilizado nos jogos do Brasil na Copa do Mundo. A ouvidoria da Aneel fará plantão no domingo e manterá contato com o TSE e os tribunais regionais para resolver qualquer problema que surja. As equipes de manutenção e inspeção das empresas ficarão em alerta.


AMAZONAS
Maior estado do país e com muitos lugares de difícil acesso, o Amazonas está totalmente coberto por urnas para receber os votos no domingo. As últimas a serem entregues chegaram no começo desta semana às comunidades indígenas do município de São Gabriel da Cachoeira, no Alto Rio Negro, fronteira com a Venezuela e a Colômbia, segundo a assessora do Tribunal Regional Eleitoral Dana Valente.


Artigos

Retórica vazia
Gustavo de Mello

A fora eventual - e legítima - preferência ideológica ou partidária, os grupos sociais costumam se movimentar para proteger seus interesses mais imediatos. Nem poderia ser diferente num país onde os direitos mais fundamentais têm sido conquistados à custa de muita luta. Assim, seria lógico esperar que as entidades empresariais, preocupadas com os rumos da nossa economia, estivessem a bradar contra a desnacionalização de nossa indústria, as elevadas taxas de juros, a inserção subserviente do Brasil na chamada 'globalização', a elevada carga tributária, que produziram o pífio crescimento econômico da última década. Aliás, a crescente adesão de setores empresariais às candidaturas de oposição reflete esse quadro. Para muitos, não dá mais para continuar assim.

No entanto, aqui no RS, onde a economia cresceu nos últimos três anos e meio substancialmente mais que no resto do país, ensaia-se uma caravana pregando o voto anti-PT. Aqui, onde as ações do governo têm procurado preservar nossa matriz produtiva, onde recursos crescentes têm sido investidos na agricultura, onde a população é chamada a debater e decidir o orçamento, onde, pela primeira vez em muitos anos, a dívida pública diminuiu.

Nem são verdadeiros os argumentos de que somos contra os incentivos: o que fizemos foi remodelar o Fundopem para priorizar a geração de empregos e a instalação de empreendimentos nas regiões menos desenvolvidas. Além do mais, a chamada guerra fiscal tem servido para modernização das plantas industriais de grandes grupos, não raro com diminuição da oferta de mão-de-obra. Se essa fosse a solução, com a quantidade de incentivos que tem sido distribuída país afora, a economia nacional teria crescido e o desemprego não teria aumentado.

Logo, as raízes para o 'hay PT, entonces yo soy contra' são encontradas fora desse campo: a derrota eleitoral de 98 ainda não foi assimilada por alguns setores, que antes impunham suas idéias. Este talvez seja um dos componentes da irracionalidade política: em vez de analisar, arejadamente, a realidade que nos cerca, recorre-se a velhos fantasmas para desviar a atenção da principalidade do tema. Felizmente os mitos da 'ameaça vermelha' e da 'cubanização' não assustam mais uma população que aprendeu que, sem o enfrentamento de velhos problemas (reforma agrária, distribuição de renda), estaremos condenados à liberdade de morrer em cada esquina.


Colunistas

PANORAMA POLÍTICO - A. Burd

REPRISE DE 1998
A tensão pré-eleitoral tem antecedentes. A 23 de setembro de 199 8, a manchete do Correio do Povo foi 'Banco Central tenta conter saída de dólares'. As reservas do país continuavam a cair e a alternativa foi elevar as taxas de juros nos empréstimos. Três dias depois, o tempo encrespava mais: 'Multinacionais triplicam as remessas de lucros ao exterior'. Mais três dias e a manchete era 'Governo espera definição da ajuda externa'. Criava-se expectativa com a reunião de FMI e Banco Mundial, além da redução de juros nos EUA. A 2 de outubro, dois dias antes das eleições, o quadro se agravou: 'Bolsas voltam a desabar'. A de São Paulo recuou 9,59%. Portanto, não há nada de muito novo sob o sol neste ano que possa chegar a surpreender.

RIGOR
Alguns candidatos vão se surpreender com o rigor da Justiça Eleitoral no momento da prestação de contas. A estrutura montada para a conferência não tem precedentes e a lei será aplicada ao extremo.

AGILIDADE
A atividade incessante do Tribunal Regional Eleitoral impede o acúmulo de processos. As sessões do Pleno à tarde têm dado soluções rápidas às representações, mantendo tradição das campanhas no RS.

REIS DO VACILO
O PDT reuniu-se ontem no Rio para anunciar que... não apoiará Lula. Depois de dançarem na corda bamba e mandarem abaixo seu candidato à Presidência, os trabalhistas não enrubesceram para dizer que cumprirão acordo partidário. Para completar, delegação do PDT gaúcho participa hoje, no Rio, de ato de desagravo do partido a Ciro Gomes. É incrível. Ameaçam cair fora e agora querem desagravar. A quem?

NÃO ARRISCA
O candidato Tarso Genro disse ontem à noite, em Rio Grande, que a campanha está no melhor momento, porque a militância do PT ocupa todas as ruas. Sobre o domingo, não arrisca, dizendo apenas que é impossível prever o que acontecerá.

PARA O FUTURO
Legislativo atento: começará a tramitar na Assembléia projeto impedindo o governo, nos últimos dois quadrimestres do mandato, de captar recursos a título de antecipação de receita de tributo, caso a operação comprometa ingresso do ano seguinte. Significa fazer cumprir com rigor Lei de Responsabilidade Fiscal.

MUNDO DÁ VOLTAS
Em setembro de 2000, o governador Itamar Franco denunciou invasão do estado por tropas federais que iam proteger a fazenda do presidente FHC. Hoje se abraça a ele.

NÃO ARRISCA
O candidato Tarso Genro disse ontem à noite, em Rio Grande, que a campanha está no melhor momento, porque a militância do PT ocupa todas as ruas. Sobre o domingo, não arrisca, dizendo apenas que é impossível prever o que acontecerá.

PARA O FUTURO
Legislativo atento: começará a tramitar na Assembléia projeto impedindo o governo, nos últimos dois quadrimestres do mandato, de captar recursos a título de antecipação de receita de tributo, caso a operação comprometa ingresso do ano seguinte. Significa fazer cumprir com rigor Lei de Responsabilidade Fiscal.

MUNDO DÁ VOLTAS
Em setembro de 2000, o governador Itamar Franco denunciou invasão do estado por tropas federais que iam proteger a fazenda do presidente FHC. Hoje se abraça a ele.

RUMOS
Foi lançada ontem a revista Finanças em Linha, do Sindicato dos Auditores de Finanças Públicas, tendo como tema principal 'Novos Rumos, Alternativas de Desenvolvimento para o RS'. Pergunta ainda se o IPE tem saída, além de publicar um artigo do economista Cláudio Accurso sobre Reforma do Estado.

REFORMA JÁ
Enquanto partidos forem apenas cooperativas para nomearem parentes, amigos e correligionários...

TREVO NA BR 116
Por interferência da direção da Agergs, ontem à tarde, em Brasília, o ministro dos Transportes, João Henrique de Almeida Souza, autorizou a construção de trevo na BR 116, quilômetro 519, pouco antes do acesso a Pelotas. É reivindicação dos moradores da região. Morreram seis pessoas no trecho desde maio.

APARTES
Jornal Le Monde ontem: esquerda brasileira chega às portas do poder.

Lula fugirá hoje de entrevistas para poupar a voz e estar em forma para o debate de TV amanhã à noite.

TRE emitiu certificado confirmando que o candidato Nelson Marchezan Junior permanece apto às eleições.

Poder crescente de atração: Câmara dos Deputados tem 4.834 candidatos disputando 513 vagas.

Rotina de campanha eleitoral: já tem gráficas e fornecedores correndo atrás do que pode vir a ser prejuízo.

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Nelson Jobim, votará domingo em Santa Maria.

A partir da madrugada de domingo, cobertura da Central Guaíba de Eleições em todo o Estado e no país.

Deu no jornal: 'Banco Central joga pesado no câmbio'. Sem qualquer risco de levar cartão amarelo.

Outra do jornal: 'Ciro é deixado no sereno do isolamento'. Precisaria escolher melhor as suas companhias.


Editorial

RIO, TRISTES TEMPOS

Que o governo vem perdendo a batalha para a criminalidade dita organizada, de modo mais nítido no Rio, não é novidade para ninguém. Jornais, revistas, televisão, rádio, todo o noticiário que publicam informa diariamente essa triste realidade. Exemplo: a mera mudança de chefe de uma quadrilha, como este Fernandinho Beira-Mar, de uma prisão para outra passa a ser questão de alta indagação para o poder público, com avanços e recuos nas deliberações a mostrar insegurança. O delito conseguiu armar-se até os dentes com o que há de mais moderno nos catálogos das fábricas, ao contrário da autoridade pública, com armas ultrapassadas. Como o material chega às mãos dos delinqüentes não é coisa difícil de imaginar; na base do fato está a corrupção em todas as suas formas, mais notória das quais a gerada pelo tráfico de tóxicos.

Agora já não são necessários mais do que simplesmente boatos para que se desestabilize a ordem social e se instale a insegurança. Segunda-feira, 30/9, o Rio de Janeiro foi paralisado pelo medo provocado por traficantes de drogas que fizeram espalhar a notícia de um ataque de grandes proporções não só na antiga capital do país, mas em toda a região. Resultou daí um clima de tal excitação que parou qualquer atividade na região Metropolitana. Fecharam-se comércio, universidades, escolas de todos os graus, bancos e atividades liberais.

A Polícia aumentou consideravelmente os efetivos na área, mas isso não impediu que arruaceiros, ligados ou não a quadrilhas organizadas, aproveitassem a oportunidade para atos de vandalismo contra carros e ônibus, com algumas pilhagens e arrastões. Coisas de tal monta, embora não acontecesse o esperado ataque em massa, que a governadora Benedita da Silva lançou acusação de 'ação orquestrada, com objetivos político-eleitorais e discriminatórios'. O Rio de Janeiro, a outrora Cidade Maravilhosa, vive sob o terror que inspiram as quadrilhas que descem dos morros vizinhos. O crime venceu a guerrilha urbana, enquanto as autoridades se encolhem e tremem de medo.


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10/02/2002


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