ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO AJUDA A CONSTRUIR DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL



Durante abertura do workshop que vai discutir os dez anos de criação do Programa Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, disse que todo o trabalho está voltado para aproximar o ecológico do econômico e para a construção do desenvolvimento sustentável do País. O ministro chamou a atenção para a inclusão no programa no Plano Plurianual (PPA) para o quadriênio 2000 a 2003.
- O PPA é promotor da sustentabilidade e o programa Brasil em Ação já traz esse conceito incorporado - disse Sarney Filho. Segundo o secretário de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Sérgio Braga, o PPA destina um total de R$ 350 milhões para o programa. Desse total, 45% virão do Tesouro Nacional e o restante através de empréstimos.
Braga explicou que os ZEEs são um instrumento para racionalizar as ocupações do espaço e para redirecionamento econômico, segundo as características de cada região. "A finalidade do ZEE é dotar o governo de bases técnicas para a definição de políticas públicas visando a ordenação do território", disse. Segundo Sérgio Braga, apenas 11% do território brasileiro foram zoneados até agora e a prioridade do governo é a Amazônia.
O senador Ernandes Amorim (PPB-RO) representou o Senado na abertura do Workshop. Na ocasião, a representante do Ministério da Ciência e Tecnologia, Adélia Japiassu, afirmou que as ZEEs são um instrumento fundamental para racionalizar a ocupação do Brasil. O representante do Ministério de Minas e Energia, Luciano de Freitas Borges, destacou que o zoneamento ecológico-econômico será útil para aproveitar as potencialidades regiões. "O desenvolvimento sustentável é o nosso legado para as gerações futuras", disse.
Já o representante do Ministério da Integração Nacional, Antônio Cerqueira Antunes, destacou a importância da criação de estruturas produtivas dinâmicas, com capacidade de adaptação às mudanças. "Parceria e articulação são os lemas do Ministério da Integração", afirmou.
A representante de divisão de economia e controle florestal do Instituto Estadual de Florestas, Sabina Campagnani, analisou a participação do governo estadual na implantação da ZEE no Rio de Janeiro. Segundo a especialista, o trabalho começou em 1991 e já foram zoneadas a Baía de Sepetiba e a região do Médio Paraíba. As próximas regiões do estado a ser zoneadas são o norte e noroeste.

27/06/2000

Agência Senado


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