Ação evita fraude de 600 mil m3 no primeiro dia
Entre os alvos da Corcel Negro, destacam-se empresas fantasmas que tentam burlar o Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais do estado do Pará (Sisflora). A Corcel Negro já confirmou fraudes de 14 empresas no Sisflora. Juntas, elas incluíram mais de 600 mil m³ de carvão em créditos falsos no sistema de controle estadual.
“As carvoarias usariam esses créditos fictícios para esquentar o carvão ilegal produzido às custas do desmatamento da floresta amazônica. Cerca de 5 mil hectares de matas nativas seriam destruídas e acobertadas por este esquema”, explica o Coordenador da Corcel Negro no Pará, Paulo Maués.
A maior fraude até o momento ficou por conta de uma carvoaria em Murumuru, em Marabá, no sudeste do estado. Na cidade existe um pólo siderúrgico, onde há grande consumo de carvão vegetal. A empresa de fachada havia incluído no Sisflora saldo de 1,3 mil toneladas de matéria prima para produção de carvão. Mas durante a vistoria da Corcel Negro na sede da empresa, o Ibama encontrou um volume irrisório, inferior a 200 quilos.
A Operação Corcel Negro conta com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, do Ministério do Desenvolvimento Social, Eletrobrás, Eletronorte, Furnas e Promotorias Estaduais e Municipais.
Em Questão edição 1011 - 29 / 03 / 2010
29/03/2010 10:42
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