ACM CONFIA NA DERRUBADA DE APOSENTADORIA ESPECIAL DOS DOS MAGISTRADOS
O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, disse hoje (dia 7) que confia na aprovação, pelo plenário da Casa, de destaque de sua autoria suprimindo do texto da proposta de reforma da Previdência a aposentadoria especial para magistrados. A votação, em segundo turno, da reforma está prevista para esta quarta-feira (dia 8).
- Acredito que o bom-senso há de prevalecer. Eu acho que o Senado vai votar com a razão, e a razão manda que os privilégios terminem em todos os setores. Não há mais privilégios no Congresso, conseqüentemente, seria inacreditável se aprovar privilégios para a magistratura - afirmou.
Antonio Carlos esclareceu por que enviou carta aos senadores solicitando o voto para seu destaque.
- Fiz uma carta afetuosa a meus colegas que tinham votado de determinado modo, pedindo que vissem o que pensava a opinião pública, o interesse do Senado de ocupar posição destacada na política nacional, e pesassem tudo isso na hora de votar - informou.
O senador confirmou a informação de que os magistrados tem procurado os parlamentares, "com uma insistência até desagradável", para convencê-los a manter o texto da reforma da Previdência.
- Eu também fui procurado, mas não vou receber ninguém até que acabe a votação - afirmou.
O presidente do Senado rebateu a argumentação segundo a qual os magistrados seriam merecedores de tratamento diferenciado.
- Nós somos todos servidores da União, e não há diferença entre juiz, parlamentar e o mais modesto funcionário público. Nós somos iguais, e devemos ter tratamento igual - enfatizou.
07/10/1997
Agência Senado
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