ACM: culpa por créditos suplementares também é do Congresso
Durante a votação de créditos suplementares ao Orçamento da União para 2005 nesta quinta-feira (2), o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) afirmou que o Executivo não age corretamente ao esperar que os parlamentares votem as solicitações de créditos às pressas. Para o senador, essa postura do governo federal gera uma "desmoralização permanente do Congresso Nacional", mas este também é responsável, pois não vota o orçamento impositivo, que permitiria eliminar a necessidade de deliberação sobre créditos suplementares.
- Todos acham notável o orçamento impositivo, todos querem que se vote, mas ninguém vota. Foi assim com Fernando Henrique Cardoso e será assim com Luiz Inácio Lula da Silva - declarou.
De acordo com o senador, o líder do governo, Aloizio Mercadante (PT-SP), procura atenuar o problema, mas não o resolve em definitivo, como a situação merece. Antonio Carlos disse ainda que esse tipo de demora e dificuldade na confecção do orçamento só beneficia os que votam o "orçamento na madrugada" e se aproveitam dessa situação.
- As verbas orçamentárias jamais são pagas no valor que entram no orçamento - disse.
Antonio Carlos protestou ainda contra a forma como o Orçamento da União é feito e também defendeu mudanças na data de entrega anual da proposta do governo. Ele também enfatizou que, mesmo que o senador Heráclito Fortes (PFL-PI) tenha desistido de pedir verificação do quórum da sessão do Congresso, não havia número suficiente de senadores para votar os créditos suplementares, aprovados em votação simbólica graças a acordo de lideranças.
02/12/2004
Agência Senado
Artigos Relacionados
Congresso aprova créditos suplementares de R$ 2,3 bi
Congresso aprova créditos suplementares
Congresso aprova créditos suplementares
Congresso vota créditos suplementares e especiais
Congresso aprova 19 projetos de créditos suplementares
CONGRESSO APROVOU R$ 25,7 BILHÕES EM CRÉDITOS SUPLEMENTARES