ACM defende medidas urgentes contra a violência
"Se essa Casa não apresentar medidas importantes contra o crime, ela não passará no teste de 1º de outubro e nem merece passar, pois quem vê as cenas que estamos vendo e fica indiferente, não merece de jeito algum voltar a representar o povo brasileiro". A opinião foi emitida em Plenário pelo senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), ao informar que convocou a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) para uma reunião extraordinária nesta terça-feira (16).
Na avaliação do senador pela Bahia, governo e oposição devem deixar de lado suas diferenças para construir soluções que acabem definitivamente a onda de violência que se instalou no Brasil. Antonio Carlos manifestou sua convicção de que a tendência é que os ataques desferidos pelo crime organizado contra as instituições, sobretudo as policiais,espalhem-se pela maior parte dos estados brasileiros.
- Tenho medo que o absurdo que houve em Carandiru se repita e seja aplaudido pela população. O que o povo quer nesse momento é que nenhum dos criminosos que mataram permaneça vivo. Quem perdeu seu filho, marido ou parente não quer ver vivo um facínora dando ordens de dentro da prisão. O povo não deseja o país conflagrado e entregue aos criminosos - afirmou Antonio Carlos Magalhães.
Depois de confessar que chorou ao assistir pela televisão o enterro de policiais em São Paulo, o senador baiano pediu ao governador paulista, Cláudio Lembo, que envie uma mensagem à Assembléia Legislativa determinando que as viúvas ou a família dos soldados assassinados recebam pensão no valor do dobro do salário do policial assassinado.
Em aparte, o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) lamentou que hoje em dia se fala muito em direitos humanos "dos bandidos" enquanto os civis e policiais assassinados são esquecidos. Já o senador Romeu Tuma (PFL-SP) pediu aos policiais de todo o país que usem luto para que os governos se sintam pressionados e ofereçam melhores condições de trabalho para a categoria.
15/05/2006
Agência Senado
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