ACM diz que não apóia CPI "no momento" e não pensa em renunciar



O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) afirmou nesta segunda-feira (dia 21), em entrevista à imprensa, que não pretende assinar qualquer novo pedido de instalação de CPI, "no momento". Ele recomendou ao governo que tome a iniciativa e investigue as novas denúncias da revista Veja sobre o caso da injeção de dinheiro do Banco Central no Banco Marka, "antes que o Senado o faça".

- Isso não quer dizer que, se surgir alguma coisa mais grave e concreta, eu não vá assinar o requerimento da CPI. Só afirmo que, no momento, não assino - acrescentou.

Mais uma vez o senador pela Bahia garantiu que não pensa em renunciar ao mandato, por ter certeza de que sairá vitorioso no processo que enfrenta no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. Na visão de Antonio Carlos Magalhães, depois que o processo passar pelo Conselho de Ética a Mesa "não poderá decidir em 24 horas" sobre o encaminhamento do caso.

Antonio Carlos lembrou que o processo tem 2.314 páginas e, se a Mesa decidir remetê-lo de volta ao Conselho de Ética em 24 horas, como tem sido noticiado, o "relator estaria cometendo uma leviandade e sua decisão poderia ser impugnada". O senador observou que a imprensa se equivoca ao noticiar que ele teria prazo só até quarta-feira (dia 23), dia em que o Conselho de Ética votará seu caso, para decidir se renuncia ou enfrenta o processo de cassação. "Tenho um prazo razoável para estudar o assunto", disse.

- É um erro o Senado fazer julgamentos políticos, porque o regimento interno e a Constituição não podem ser ignorados. Se forem ignorados, a decisão política pode ser contestada - sustentou.

21/05/2001

Agência Senado


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