ACM QUER MAIS SENSIBILIDADE SOCIAL DA EQUIPE ECONÔMICA
O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, afirmou nesta segunda-feira (dia 9) considerar o ministro da Fazenda, Pedro Malan, "um homem de valor, mas que precisa ter mais sensibilidade social; aliás, não só ele, mas todo o conjunto da área econômica do governo". O senador destacou que "se for de absoluto interesse do país, o Congresso não se furtará a discutir medidas impopulares, mas se não forem indispensáveis para o país, não terá porque votar".No entender de Antonio Carlos, "foi positiva" a decisão tomada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso no último sábado, após reunião com parte de seu Ministério, no sentido de não mais mandar "matérias completas para o Congresso, mas sim projetos pontuais, que são mais fáceis de aprovar". O senador acredita que assim "o presidente poderá ter o resultado global que almejava".A questão da idade mínima para a aposentadoria do trabalhador do setor privado, na avaliação de Antonio Carlos, é um exemplo. "Considero a idade mínima correta, mas no momento não seria aprovada pelo Congresso; daí ser melhor tratar de outras questões", observou. O senador Antonio Carlos Magalhães queixou-se da avaliação feita pela mídia sobre sua relação com o presidente da República. - Quando estou próximo do presidente, dizem que quero mandar nele. Quando fico discretamente afastado, vocês dizem que estou brigado com ele. Assim fica impossível encontrar um caminho - desabafou.O presidente do Senado reafirmou que "o Congresso Nacional nunca foi e nunca será uma agência do governo, seja do Fernando Henrique ou qualquer outro". Ele observou, no entanto, que essa afirmação não contem qualquer "hostilidade" em relação ao Executivo. Ele esclareceu que a frase, veiculada com destaque pela imprensa, foi "apenas uma resposta a pergunta feita por um jornalista".
09/08/1999
Agência Senado
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