ACM registra denúncia da 'Folha de S. Paulo' contra filho de Lula
Em discurso no Plenário, o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) comentou a matéria de capa desta terça-feira (28) do jornal Folha de S. Paulo. Com o título "Publicidade oficial ajuda a bancar TV de filho de Lula", a matéria afirma que a empresa Gamecorp, que tem como sócio Fábio Luiz Lula da Silva, divide com o Grupo Bandeirantes o faturamento obtido com verbas federais em anúncios no canal Play TV (ex-Rede 21). Ainda de acordo com o jornal, registrou o senador, o acordo "garante à empresa do filho de Lula 50% do faturamento na publicidade da emissora".
De acordo com a matéria, a Gamecorp recebe pelo menos R$ 250 mil mensais e receberá ainda parte da receita obtida com os 20 maiores anunciantes da emissora em 2005, entre as quais figurariam a Secretaria de Administração da Presidência da República, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Ministério da Saúde, e também concessionárias de telefonia.
- É o governo que está dando dinheiro para a empresa que é sócia de Lula Filho na TV do Canal 21 - afirmou.
Da tribuna, Antonio Carlos Magalhães exigiu explicações do governo. Instado por Antonio Carlos, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), informou que o governo divulgou nota prestando esclarecimentos sobre o caso. Jucá afirmou que o governo não tem nada a esconder sobre a publicidade estatal. Entretanto, Antonio Carlos Magalhães disse que a nota divulgada pela ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, "não esclareceu nada".
Codevasf e médicos residentes
Antonio Carlos Magalhães também acusou a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) de ser usada pelo governo federal como "mera intermediária de ONGs e financiadora de projetos políticos de seus dirigentes". O senador prometeu para breve provas de que recursos destinados à revitalização do Rio São Francisco estariam sendo distribuídos para projetos em prefeituras aliadas ao governo.
O senador também defendeu a aprovação, ainda nesta terça, do projeto de lei da Câmara (PLC 112/06) que reajusta para R$ 1.916,45 a bolsa de estudo concedida aos médicos residentes brasileiros.
- O que não podemos é deixar o Brasil sem os médicos residentes que tanta falta fazem aos hospitais, pessoas competentes e sérias que trabalham muito e ganham muito pouco. Está na hora de uma reabilitação, por menor que seja, do Congresso Nacional - conclamou.
28/11/2006
Agência Senado
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