ACM se diz cético quanto à reunião para mudanças no Orçamento



O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) discordou de elogio feito pela líder do PT, senador Ideli Salvatti (SC) à tentativa do governo, do presidente do Senado, Renan Calheiros, do presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, e dos demais líderes do Congresso de tentarem discutir novos procedimentos para o processo de elaboração do Orçamento da União.

No entendimento do senador, a reunião,realizada na tarde desta terça-feira (9), é inócua e em nada vai melhorar o atualprocesso de votação do orçamento, que considera "viciado e que deveria acabar porque permite a manipulação política de emendas de parlamentares".

Antonio Carlos sugeriu que Ideli Salvatti, em vez de enaltecer a iniciativa da reunião, deveria sim apoiar a aprovação de sua proposta de emenda à Constituição (PEC 22/00) que institui o orçamento impositivo, que o senador considera moralizador. A matériafoi aprovada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e aguarda votação no Plenário, lembrou.

Ele criticou ainda elogio que o senador Tião Viana (PT-AC) fez aos números do programa de erradicação do trabalho infantil do governo federal, observando que todos os programas sociais alardeados como do governo Luiz Inácio Lula da Silva foram instituídos pelo Congresso no governo Fernando Henrique. Como exemplo, citou o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, propostade sua autoria que, segundo assinalou, deu origem a programas tipo bolsa-família e bolsa-escola, " que estão sendo mal administrados por Lula".

- Lula não admite que se diga que ele não descobriu o Brasil. Ele fez tudo -ironizou Antonio Carlos, manifestando certeza de que o prefeito de São Paulo, José Serra, derrotará o candidato do PT, senador Aloizio Mercadante, na disputa pelo governo paulista.

09/05/2006

Agência Senado


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