Adelmir Santana defende discussões das reformas política e tributária
O senador Adelmir Santana (DEM-DF) defendeu em Plenário nesta sexta-feira (5) a discussão das reformas política e tributária pelo Congresso Nacional e pela sociedade. Na avaliação do senador, o momento é oportuno para debater esses temas, uma vez que 2010 é ano eleitoral e os candidatos começam a refletir sobre assuntos importantes para o Brasil.
Ele salientou que, apesar de muitos especialistas e legisladores aconselharem a discussão de reformas dessa magnitude no início de legislaturas, ele disse considerar importante que, pelo menos, dar início aos debates.
- Todo ano em que há eleições gerais no país tem-se um instante propício à reflexão sobre os nossos principais problemas, aflições e possibilidades, porque geralmente abre-se um espaço amplo para o diálogo democrático - disse o senador.
Em aparte, o senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) argumentou que a reforma política não é tratada com seriedade pelos parlamentares. Para ele, a sociedade brasileira só vai compreender a totalidade da missão do Parlamento quando as questões do sistema político-partidário brasileiro forem resolvidas.
Adelmir Santana ressaltou que a sociedade e suas entidades devem ser chamadas a participar da discussão das reformas, especialmente da política. Ele disse que a população está "perplexa" com o nível de impunidade de políticos corruptos. Para ele, o Senado precisa fortalecer a discussão de idéias comprometidas com a ética e o bem-estar da população.
Na avaliação do senador, também a reforma tributária é urgente. Ele disse que esse ponto impede o crescimento do país em níveis compatíveis com as necessidades da população. Ele observou que a carga tributária está em mais de 37% do Produto Interno Bruto (PIB) e vem aumentando a cada ano. Ele afirmou que, apesar de os gastos públicos terem também aumentado, isso não significa que o povo recebe melhores serviços.
- O governo tem mostrado que não sabe usar corretamente o dinheiro arrecadado dos cidadãos. Gasta muito com custeio da máquina e menos com investimentos. Aumenta salários sem critérios e incha a máquina pública, mas esquece-se de aplicar em itens básicos para o bem-estar da população, como rede de água e esgoto, investimento em saúde, educação, transporte e segurança - disse Adelmir Santana.
Também em aparte, o senador Marco Maciel (DEM-PE) disse que tais reformas são a "prioridade das prioridades", pois representam a conclusão da Constituição de 1988. O senador disse esperar que o Congresso Nacional coloque estes temas no rol de assuntos importantes e dê tratamento privilegiado à regulamentação da Constituição.
05/02/2010
Agência Senado
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