Ademir contesta nota de jornalista sobre imunidade parlamentar
Incluído na relação de senadores processados, Ademir Andrade acusa a colunista de haver distorcido as informações que, segundo ela, teria recebido da Secretaria Geral da Mesa do Senado. O senador admite estar sendo processado por crime de opinião, em função de denúncias feitas contra a ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado do Amapá. Mas esclarece que esse processo é bem diferente do movido contra quem roubou ou matou, atos classificados como crimes comuns.
"A imunidade parlamentar que eu defendo é a do direito à palavra, opinião e ao voto", afirmou. Ademir informou que seu advogado já negociou a revisão e republicação da nota com Mônica Bérgamo, mas teme que isso não seja suficiente para reparar os danos a sua imagem de homem público, candidato a concorrer ao governo do Pará. A senadora Heloísa Helena (PT-AL) se solidarizou com Ademir e se mostrou confiante de que a nota não irá manchar a conduta dele no Senado.
SERRA
Na ocasião, Ademir Andrade também assumiu a defesa do ministro da Saúde, José Serra, acusado em reportagem do jornal Correio Braziliense de privilegiar aliados com liberação de verbas de sua pasta. Embora a matéria informe que nenhuma das 14 emendas do senador pelo PSB ao Orçamento de 2001 tenha sido sequer empenhada, Ademir garantiu que as mesmas estão em vias de liberação.
"Sou um dos maiores críticos deste governo, mas faço questão de ressaltar que o Ministério da Saúde continua a agir com isenção e sem discriminação, assegurando direitos iguais a todos os parlamentares", declarou, ressaltando a atuação política de Serra à frente da pasta como "eficiente e comprometida com os interesses do povo.
Em aparte, o senador Artur da Távola (PSDB-RJ), líder do governo, classificou o posicionamento de Ademir sobre a gestão de Serra como "coerente, claro e franco". E condenou a análise que a imprensa costuma fazer da liberação de recursos públicos para emendas parlamentares. "Toda a culpa é jogada em cima do parlamentar, como se o atendimento a uma emenda fosse um privilégio odioso", disse.
09/11/2001
Agência Senado
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