ADVOGADO CONFIRMA QUE JOSINO INTERMEDIOU VENDA DE SENTENÇA



O advogado mato-grossense Lucídio de Mello Filho afirmou nesta quarta-feira (dia 29) aos senadores da CPI do Judiciário que participou da reunião em que o empresário Josino Guimarães teria tentando intermediar a venda do resultado de uma sentença ao deputado estadual e dono do escritório de advocacia onde Lucídio trabalhava, Elarmin Miranda.
No momento em que Josino Guimarães telefonou para o desembargador Athaíde Monteiro da Silva, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, para mostrar que estava mesmo representando os magistrados, Lucídio memorizou o número discado, acrescentou. Segundo Lucídio, quando o empresário deixou o escritório de advocacia, Elarmin Miranda fez a ligação e confirmou que o telefone chamado era da residência do desembargador.
Lucídio disse que também participou da reunião no escritório da advogada Elizabeth Lima, onde Elarmin Miranda teria informado ao juiz Leopoldino Marques do Amaral a respeito da proposta de venda de sentença. Respondendo ao senador José Eduardo Dutra (PT-SE), que quis saber detalhes do telefonema para a residência do desembargador, o advogado explicou que Elarmin apenas confirmou se Athaíde Monteiro estava em casa e desligou quando a pessoa que atendeu a ligação foi chamar o magistrado. Já o senador Djalma Bessa (PFL-BA) comentou que diante de acusação tão grave, poderia ter sido arguida a suspeição do desembargador para apreciar a ação.

29/09/1999

Agência Senado


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