Agripino critica Lula por assistencialismo e propõe programas profissionalizantes
O líder do PFL no Senado, José Agripino (PFL-RN), citou nesta segunda-feira (3) diversos programas que implementou quando governador do Rio Grande do Norte (1982-1985) com o objetivo de elevar a renda da população carente, por meio da formação profissional e do fomento a microempresários. Na opinião do parlamentar, essas iniciativas são superiores à utilização assistencialista que o governo Luiz Inácio Lula da Silva estaria fazendo do programa de renda mínima Bolsa-Família.
O senador disse estar convicto de que Lula usa o Bolsa-Família como uma maneira de obter apoio e voto dos cidadãos pobres, mas sem propiciar a eles uma chance de independência econômico-financeira. A estratégia governamental seria, portanto, remediar a situação dessa parcela dos brasileiros, mas sem libertá-la em definitivo, de modo a tê-la como eleitorado cativo.
- Lula diz que governar para pobre não dá trabalho. Não dá quando se é populista. Quando os programas são sérios, dá trabalho, mas o resultado é recompensador - disse Agripino.
Ele mencionou como exemplo de programas bem-sucedidos o Projeto Curral, pelo qual gado foi entregue a produtores prejudicados pela seca para recuperação do rebanho, com pagamento em bezerros, e o Balcão de Ferramentas, que financiou a compra de equipamentos e máquinas para o estabelecimento de negócios próprios, segundo a vocação dos beneficiados.
- O Bolsa-Família, que foi criado no governo Fernando Henrique Cardoso, deve continuar, mas com aperfeiçoamentos - pregou o senador.03/07/2006
Agência Senado
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