Agripino diz em que pontos da reforma tributária o PFL quer mexer



O líder do PFL, senador José Agripino Maia (RN), disse que seu partido vai apresentar emendas à reforma tributária, como a proposta de supressão dos seguintes artigos: o 148, que permite ao governo impor empréstimos compulsórios por meio de lei ordinária; o 149, que institui contribuição social sobre importação de produtos e serviços; o 150, que institui o pedágio; o 153, que institui imposto sobre produtos importados e exportados e o 155, que tributa gêneros alimentícios de primeira necessidade e medicamentos.

Agripino informou ainda que vai encaminhar emenda tornando obrigatória a correção anual da tabela do Imposto de Renda, para evitar o aumento anual do imposto que o congelamento da tabela impõe ao contribuinte. Segundo o líder do PFL, a proposta em debate aumenta a carga tributária no país de forma insuportável.

O senador comparou ao veneno estricnina as propostas do governo e lembrou que lutou contra o aumento na Contribuição Social sobre Lucro Líquido das empresas prestadoras de serviço. Lembrou ainda os números apresentados pelos presidentes das associações de classe, como as Confederações Nacionais da Indústria (CNI), do Comércio (CNC) e da Agricultura (CNA) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

- O que mais me impressionou foram os números apresentados pelo presidente da Confederação Nacional da Agricultura, Antônio Ernesto de Salvo. Segundo ele, com a proposta, o preço da carne bovina sobe 7%, o do feijão, 7%, o do arroz, 9,7%, o do leite, 11,6%. Meu partido não vai aceitar esse absurdo, e vamos lutar contra isso - disse Agripino.



14/10/2003

Agência Senado


Artigos Relacionados


Cronograma dos pontos já acordados na reforma tributária

Mercadante e Jucá apresentam pontos consensuais na reforma tributária

Principais pontos do relatório Romero Jucá sobre a reforma tributária

Principais pontos do relatório Romero Jucá sobre a reforma tributária

Agripino diz que reforma tributária é prioridade

Tebet sugere deixar pontos polêmicos da reforma tributária para 2004