Agripino pede terra e assistência para acampados em vez de Bolsa-Família



O senador José Agripino (PFL-RN) criticou a intenção do governo federal, divulgada nesta terça-feira (30) pelo jornal Folha de S. Paulo, de incluir no programa Bolsa- Família mais de um milhão de trabalhadores rurais sem terra acampados nas estradas brasileiras. Para o senador, incluir os trabalhadores rurais nesse programa de transferência de renda distorcerá os objetivos da reforma agrária, que deveria garantir a eles assentamentos, com direito a terra e assistência técnica para produção.

Segundo Agripino, as lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) também não estão aceitando essa idéia do governo. O parlamentar alertou ainda para o fato de que os trabalhadores rurais acampados fazem parte dos registros de "atendidos" pelo programa de reforma agrária do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

- O atual governo em vez de completar o processo de assentamento condenou um milhão de pessoas a acampamentos, a sobreviverem em barraco de taipa com cobertura de lona plástica nas estradas, sem perspectiva de futuro, como parte de estatística para propaganda enganosa. O cidadão que tem vocação rural quer oportunidade e não caridade e dependência - disse.

Os senadores Ramez Tebet (PMDB-MS), Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), Leonel Pavan (PSDB-SC) e Romeu Tuma (PFL-SP) solidarizaram-se com Agripino. Já o senador Flávio Arns (PT-PR), ponderou que, apesar das distorções, o processo de reforma agrária está acontecendo, com assentamentos.

TSE

O líder do PFL anunciou que os presidentes do PSDB e do PFL - respectivamente senadores Tasso Jereissati e Jorge Bornhausen - apresentarão requerimento de informação ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio Mello, sobre o uso de recursos públicos em propaganda institucional.



30/05/2006

Agência Senado


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