ALCÂNTARA ELOGIA FECHAMENTO DE FACULDADES DE MEDICINA SEM QUALIDADE



O senador Lúcio Alcântara elogiou o anúncio feito pelo ministro da Educação, Paulo Renato Souza, de fechamento de faculdades de medicina que estavam funcionando sem obedecer a padrões mínimos de qualidade. Alcântara afirmou que o Brasil precisa ser rigoroso e exigente na fiscalização dos cursos que formam profissionais que cuidarão da vida de seres humanos, mas também de outras entidades que prestam serviços à comunidade.
- Sempre entendi que o processo de avaliação dos cursos nas universidades brasileiras era um avanço institucional para o processo de aprimoramento da educação superior. É a garantia de que podemos esperar um mínimo de qualidade no ensino superior do país, já que a proliferação de cursos sem condições de funcionar, sobretudo no caso das ciências ligadas à vida, é um atentado - comentou Lúcio Alcântara.
Na opinião do senador, o Ministério da Educação deve permanecer vigilante e rigoroso na fiscalização das faculdades. Lúcio Alcântara destacou que os pais fazem um sacrifício enorme pagando pequenas fortunas de anuidades e muitas vezes são enganados: seus filhos terminam freqüentando escolas que não oferecem condições mínimas de preparação para o exercício profissional.
Em aparte, o senador Leomar Quintanilha (PPB-TO) comentou que não podem existir pelo Brasil "fábricas de diploma". Ele afirmou que no mundo globalizado, os profissionais precisam estar preparados para atuar de maneira competitiva. "Temos que cuidar com critério da formação de nossa juventude", observou.
CAMDESSUS
Lúcio Alcântara comentou também a nomeação do ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Michel Camdessus, como conselheiro do Vaticano. O senador considerou que Comdessus deverá desenvolver esforços para que as dívidas dos países pobres sejam reduzidas ou perdoadas.
O mundo precisa de um maior entrelaçamento entre a economia e a ação social. Referindo-se especificamente ao Brasil, Alcântara disse que o país não pode apenas se preocupar em manter sua estabilidade econômica, por meio das políticas de juros ou câmbio, mas deve lembrar das pessoas que formam a sociedade "e têm seus interesses legítimos e aspirações de uma vida melhor".

11/08/2000

Agência Senado


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