ALCÂNTARA PEDE MEDIDAS PARA EVITAR ÓBITOS MATERNOS



O senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE) destacou a importância do papel desempenhado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para que fosse alcançado o recuo da mortalidade infantil e a eliminação de "flagelos do passado", como a varíola, melhorando a saúde dos povos do mundo.

Ele reconheceu que, nesse último meio século de existência, a OMS ainda não pôde conter a mortalidade materna, assinalando que o sucesso está distante. Para o senador, a tragédia da mortalidade materna é a causa maior de sofrimentos e de injustiças, constituindo grave problema a ser enfrentado pelos governantes de muitos países.

- Gostaria de externar minha esperança de que o novo ministro da Saúde, nosso competente colega José Serra, com sua larga experiência no planejamento e gerenciamento de recursos públicos, torne verdadeiramente prioritário o atendimento à saúde da mulher durante a gestação, o parto e o pós-parto, dinamizando o Projeto Maternidade Segura, já implantado no país - acentuou Alcântara.

O senador ressaltou que a gravidez e o parto são acontecimentos importantes na vida das mulheres e na de suas famílias e, na maior parte das vezes, são fonte de grandes esperanças e de felicidade. "Desafortunadamente, porém,nessa fase corre-se muitos riscos de vida", lembrou.

Com base em estatísticas monitoradas pela OMS, Lúcio Alcântara disse que no mundo morrem diariamente, no mínimo, 1.600 mulheres em conseqüência de complicações do parto ou da gravidez. Isso significa dizer, avaliou o senador, que cerca de 585 mil mulheres falecem, todos os anos. Desse total, observou, quase 90% ocorrem na Ásia e na região da África subsaariana, aproximadamente 10% nas regiões em desenvolvimento e menos de 1% no mundo desenvolvido.

- Para que tenhamos uma idéia do verdadeiro abismo existente entre países desenvolvidos e em desenvolvimento em relação à maternidade, vou citar apenas os discrepantes dados estatísticos referentes ao nosso continente americano: enquanto na América do Norte o risco de que uma mulher morra com complicações relacionadas com a gravidez é de 1 em cada 3.700 casos, na América Latina e no Caribe esse risco é de 1 para 130 pessoas - observou.

Conforme Lúcio Alcântara, no Brasil, as estatísticas de mortalidade materna são "extremamente preocupantes". O senador sustenta ser preciso que a maternidade saudável se torne uma prioridade e um dos principais objetivos das ações a serem empreendidas pelo Ministério da Saúde.



13/04/1998

Agência Senado


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