Alceu Collares vice-presidente








Alceu Collares vice-presidente
A definição da frente deverá ocorrer no próximo dia 21. Collares explicou que seu projeto pessoal é concorrer à reeleição para deputado federal, mas, se o PDT quiser, ele atende

O ex-govemador Alceu Collares é o nome preferido do presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, para ser vice na chapa do presidenciável Ciro Gomes (PPS), caso seja concretizada a frente trabalhista PDT/PTB/PPS. A definição da frente deverá ocorrer no próximo dia 21, quando lideranças dos três partidos e deputados federais terão encontro em Brasília.

Segundo Collares, é pretensão do PDT, além de sugerir idéias, indicar um nome para vice na formação de uma aliança. Ele explicou a Brizola que seu projeto pessoal é concorrer à reeleição para deputado federal, mas como é um homem de partido, caso o PDT solicite que seja ele o vice, atenderá ao pedido. "Se o ideal for uma chapa com um candidato do Nordeste e um vice do Sul, eu vou", enfatizou.

Na opinião de Collares, a frente trabalhista é a única opção. "Caso contrário, fica uma esquerda meio tonta e Roseana Sarney (governadora do Maranhão), que não está preparada para assumir a presidência da República", ressaltou.

O presidente estadual do PDT, Airton Dipp, acredita que existe uma grande possibilidade de que, na reunião da próxima semana, seja definida essa frente. O deputado afirmou que, se fechar a aliança, é provável que o PDT indique o vice de Ciro.


Congresso prioriza a CPMF e não a segurança
Planalto e líderes aliados no Congresso decidem que prorrogar cobrança é prioridade absoluta e acertam a pauta

Primeiro a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), depois a segurança. Essa é a ordem de prioridades nas votações do Congresso, acertada entre os líderes da base aliada e o secretário-geral da Presidência, Arthur Virgílio. Oficialmente, deputados e senadores retomam seu trabalho amanhã. Na prática, a agenda só começará na terça-feira.

A CPMF foi escolhida como prioridade absoluta. Parlamentares e articuladores do governo consideram-na o único projeto cuja aprovação é imprescindível.

Pela atual legislação, a contribuição só será cobrada até junho. O projeto em tramitação prorroga a CPMF até dezembro de 2003. A arrecadação R$ 17,2 bilhões no ano passado, é vista como fundamental para manter as contas públicas ajustadas neste ano e no início do próximo governo.

SEGURANÇA - No entanto, antes de votar a CPMF, será preciso desobstruir a pauta de votações, que está trancada por três medidas provisórias. Nada pode ser votado enquanto não forem votadas as MPs que permitem a contratação terceirizada de funcionários para a administração pública, em caso de greve, a que trata da renegociação da dívidas dos produtores rurais e a que regulamenta os novos poderes de atuação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Só depois de votadas as MPs e garantido o ajuste fiscal que a questão da segurança será tratada. O item seguinte é a Lei de Falências. Na questão da segurança, será necessário decidir quais são os projetos mais importantes sobre o assunto, entre os mais de 60 que estão tramitando no Congresso.

O vice-líder do governo no Senado, Romero Jucá (PSDB-RR), propõe que o trabalho dos parlamentares seja dividido em duas etapas.

“Acho que devemos escolher cinco projetos considerados prioritários no curto prazo e iniciar sua tramitação. Posteriormente, poderemos tratar dos outros,” explicou.

Está prevista para a sexta-feira a instalação da comissão mista de segurança, que deverá ter pelo menos 60 dias para concluir seus trabalhos.

Os presidentes da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG), e do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS), poderão priorizar a tramitação de propostas sobre mudança de penas, proibição do porte de armas e unificação das polícias.


Terra deve ser garantida aos índios no Brasil
No lançamento da Campanha da Fraternidade, Dom Dadeus Grings disse que a Igreja vai pressionar o governo a agir logo

C om o tema "Fraternidade e Povos indígenas" e o lema "Na busca da terra sem males", a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) lançou ontem a Campanha da Fraternidade de 2002. Durante o lançamento, o presidente da Regional Sul 3 da CNBB, Dom Dadeus Grings, defendeu a necessidade de valorização da cultura e das tradições indígenas no Brasil, destacando a mistura de povos que constitui a nação brasileira. Ele disse que os direitos culturais e a posse da terra devem ser garantidos aos índios, sendo que a demarcação das suas terras está prevista na Constituição.

"Esta é uma dívida social que o País tem com os índios, e a igreja vai usar a campanha para motivar o País a resgatá-la", ressaltou. Segundo Dom Dadeus, duas ações serão tomadas para implementar a demarcação das terras. O primeiro caminho é a pressão sobre as autoridades. Depois, a igreja pretende agir diretamente na negociação com os responsáveis pelo assunto.

Foram produzidas 30 peças publicitárias para divulgação da campanha. “A meta é criar uma cultura de fraternidade com os povos indígenas", disse Dom Dadeus.

No dia 24 de março será realizada, em todo o País, uma coleta de donativos para constituir o Fundo de Solidariedade. Os recursos serão empregados em projetos de auxílio às comunidades indígenas. Dom Dadeus disse que já recebeu pedidos de índios de Viamão para a abertura de um poço artesiano, a instalação de energia elétrica e a entrega de cestas básicas.

Na mensagem que o Papa enviou ao Brasil para a abertura da campanha, ele diz que “a Igreja permanecerá sempre ao lado dos que sofrem as conseqüências da pobreza e da marginalização e seguirá estendendo sua mão aos povos indígenas, para colaborar na construção de uma sociedade em que todos vejam respeitados seus direitos”.


Visita do ministro argentino ao FMI
Em Buenos Aires, o presidente Eduardo Duhalde admitiu a possibilidade de antecipar as eleições presidenciais marcadas para 2003 se a economia melhorar

O ministro da Economia da Argentina, Jorge Lenicov, volta ao seu país depois de dois dias nos Estados Unidos com poucas notícias significativas. Um acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional) que disponibilizaria US$ 25 bilhões deve demorar ainda cerca de um mês para se concretizar.

O ministro teve encontros com Horst Köhler , diretor-gerente do FMI, com o presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Enrique Iglesias, e com o secretário do Tesouro dos EUA, Paul O´Neil.

O presidente argentino Eduardo Duhalde admitiu a possibilidade de antecipar as eleições presidenciais marcadas para 14 de setembro de 2003. Ele condicionou a antecipação das eleições à recuperação econômica. Também afirmou que não vai renunciar, independentemente dos protestos e da situação do país. “Se as coisas piorarem, aí é que temos que trabalhar mais duro ainda”, disse o presidente. O governo argentino deve decretar estado de emergência sanitária, devido à falta de remédios.

Ontem, bancos do centro de Buenos Aires foram atacados pela população. O La Nación e Itaú foram invadidos.


Disputa racha una tendência
A disputa entre o governador Olívio Dutra e o prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro, pela candidatura do PT gaúcho ao governo do Estado rachou até uma das principais tendências internas do partido, a Articulação de Esquerda. Um grupo liderado pelo deputado estadual Roque Grazziotin já colheu mais de 300 assinaturas que propõem a substituição de Olívio por Tarso. Outro, coordenado pelo deputado estadual Dionilso Marcon, quer conquistar 500 assinaturas de apoio a Olívio. No próximo do mingo, um encontro da Articulação vai confirmar a ruptura.

O presidente estadual do PT, David Stival, convocou para hoje, às 9h30min, a Executiva Estadual do partido para tentar buscar um acordo. Solicitou a Tarso e Olívio que mandassem seus representantes. Ontem, durante quase duas horas, o governador se reuniu com as correntes que o apóiam.

O deputado estadual Ronaldo Zülke destacou que “o apoio no partido se constrói com gestos de grandeza. Esperamos que o outro lado tenha esse gesto e não só críticas ao governador”. Entretanto, deixou claro que as correntes que estão com Olívio não abrem mão de sua candidatura. Tarso, por sua vez, também recebeu ontem no seu gabinete as tendências que o apóiam e reiterou que vai inscrever seu nome amanhã para a prévia.


Colunistas

Retorno
Por enquanto o secretário Flávio Koutzii permanece na Casa Civil do governo do Estado. Seus planos de voltar à Assembléia se concretizam só no final de março.


À revelia
Enquanto tratativas de alianças se desenvolvem em profusão no Estado, Antônio Britto se mantém distante. Passa férias na Bahia com a namorada.


Alternativo
O promotor da Infância e da Juventude Miguel Velasquez arquivou pedido do deputado estadual do PFL Onyx Lorenzoni para analisar o conteúdo ideológico do material da SEC sobre Proteção Ambiental. Velasquez observou que o uso da cartilha não foi imposto.


Guerra fiscal
Para combater a guerra fiscal entre estados e municípios, o deputado federal do PMDB Osmar Terra apresentou projeto que transfere o Imposto Sobre Serviços (ISS) para o município em que o serviço foi prestado. Esse é o entendimento de STJ e STF.


Arrojo prometido
A bancada do PPB, liderada pelo deputado estadual Vilson Covatti, fez plantão ontem na Superintendência Legislativa para protocolar processos.
Covatti diz que o PPB terá um ritmo mais arrojado neste ano.


Papel dos seguros
As empresas de seguros privados e capitalização poderão aderir ao Simples. A proposta é do deputado federal do PPB Augusto Nardes, para quem o mercado de seguros é importante papel no desenvolvimento do país.


Plantonista
O deputado estadual do PDT Giovani Cherini fez plantão ontem para protocolar seu projeto de criação da Segurança Comunitária, uma parceria do Estado com empresas privadas de Segurança, e do programa de ressocialização de detentos através da agricultura.


Sem atendimento
Representantes do Centro de Reabilitação de Porto Alegre (Cerepal), do SUS, denunciaram a deputada estadual do PT Maria do Rosário que o Ministério da Saúde deixou de dar atendimento a 60 pessoas.


Editorial

RESPEITO ÀS REGRAS DO JOGO

O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, tem razão quando diz que "ninguém investe no Brasil pelos olhos do presidente. Os investidores querem saber se terão retorno; isso é que interessa".

O problema é que Lula não quer reconhecer que o Brasil é hoje um dos três maiores receptores de investimentos diretos estrangeiros do mundo porque o presidente Fernando Henrique Cardoso soube inserir o país positivamente no círculo financeiro e comercial internacional. E o fez respeitando as regras do jogo: abriu a economia, adotou rigorosa disciplina fiscal e orçamentária e cumpriu os compromissos assumidos com a comunidade internacional - seja o FMI ou os credores externos.

Lula derrapa feio ao dizer que, se chegar ao Palácio do Planalto, renegociará o pagamento da dívida externa pública. “Acredito que o mundo inteiro será sensível para permitir que nenhuma criança morra de fome por conta do pagamento da dívida.”

Alguém deveria dizer a Lula que os investimentos externos (a poupança feita por estrangeiros) criam empregos no Brasil, e esses ajudam a reduzir a fome das crianças brasileiras. “Renegociar” a dívida externa, como quer o candidato do PT, espantaria os investidores, com os conseqüentes prejuízos sociais, estes sim geradores de fome e miséria.

O candidato também afirmou que vai lutar muito contra a Alca (Associação de Livre Comércio das Américas), pois o acordo “é uma política de anexação da América Latina aos Estados Unidos”.

Será que ele ainda não percebeu que o nosso país, apesar das injustiças sociais, é uma das dez maiores economias do mundo, e tem grande influência regional? Que não há mais como “anexar” o Brasil a quem quer que seja? Lula deve compreender que é possível, sim, conviver harmoniosamente com o capital estrangeiro sem que isso signifique submissão.


Topo da página



02/14/2002


Artigos Relacionados


Alvaro Dias quer ouvir secretário da Receita sobre quebra de sigilo do vice de Marina e do vice-presidente do PSDB

Vice-presidente afirma que presidente não pode arquivar denúncias contra senadores

Jayme Campos e Casildo Maldaner são eleitos presidente e vice-presidente da CAS

CAS ELEGE OSMAR DIAS PRESIDENTE E HELOÍSA HELENA VICE-PRESIDENTE

Comissão Mista de Mudanças Climáticas escolhe presidente e vice-presidente nesta terça-feira

Sarney participa da cerimônia de posse do presidente e da vice-presidente do TSE