Almeida Lima prevê divisão e confronto caso Lula seja reeleito



O senador Almeida Lima (PMDB-SE) previu nesta quarta-feira (18) que, caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja reeleito, haverá divisão no país e o confronto será inevitável. Para ele, eleger Lula é perpetuar a atual crise e os escândalos de corrupção.

- Nós não vamos nos considerar derrotados diante do mal. Vamos reagir dentro da legalidade e da Constituição. Se esse governo não for interrompido, a corrupção não pára, não estanca. Será a legitimação, a oficialização da corrupção - afirmou.

Almeida Lima conclamou a população a fazer uma reflexão sobre a importância da decisão que tomará no próximo dia 29, quando ocorrerá a eleição em segundo turno para eleger o próximo presidente da República.

O senador alertou para a aparente calma no campo, com a interrupção das ocupações e invasões de propriedades por movimentos como o Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), que invadiu e depredou a Câmara dos Deputados, ferindo várias pessoas e destruindo patrimônio público.

- Por que interromperam as ocupações e invasões de terra? Tenho certeza de que foi por causa do período eleitoral e para dar a impressão de calmaria. Recebemos um filme pela Internet que mostra Lula reunido com o Bruno Maranhão, líder do MLST, e o ex-ministro cassado José Dirceu. Quando percebeu que estava sendo filmado, Lula procurou se esconder - disse.

Almeida Lima ainda rebateu o que chamou de "campanha da mentira", em que Lula acusa Alckmin de pretender privatizar o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e a Petrobras depois de eleito. O senador lembrou que o governo Lula está licitando várias bacias petrolíferas pertencentes à Petrobras, para a exploração por empresas privadas.

Além disso, continuou o senador, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), subordinado ao Ministério de Minas e Energia (MME), anunciou a venda de 331 áreas de jazidas minerais para o primeiro semestre de 2007. Ele acrescentou que, desse total, 258 áreas já estão com documentação pronta para a privatização e quatro delas se encontram dentro de reservas indígenas em Roraima. Outras dez jazidas de potássio na Amazônia, pertencentes à Petrobras, também estão à venda, alertou o senador.



18/10/2006

Agência Senado


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