Alvaro Dias acusa governo de maquiar balanços do PAC




O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) disse nesta quinta-feira (9) que o governo "maquiou" o último balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da gestão Lula, assim como fez com todos os balanços anteriores. Para isso, foram utilizados dados da execução orçamentária em vez da execução física.

- Uma coisa é a execução orçamentária, o quanto se gastou; outra coisa é a execução física, o que se executou do total da obra prometida. Isso demonstra que o governo sempre foi espetaculoso ao anunciar e medíocre ao executar - afirmou.

Alvaro Dias disse que, apesar da maquiagem, o balanço não conseguiu esconder o fracasso, produzindo resultados "pífios, claudicantes e deploráveis". Ele lembrou que todos os anos os ministérios devolvem recursos ao Tesouro Nacional porque não conseguiram aplicá-los. Para o senador, esse é o retrato da incompetência de um Ministério fraco, que atende a interesses político-partidários.

Como exemplo, o senador assinalou que este ano apenas 23,8% das obras do PAC foram pagas, incluindo "restos a pagar" de três anos anteriores, e R$ 40 bilhões do PAC 1 ficaram para "a ex-mãe do PAC", a futura presidente Dilma Rousseff, pagar. Além disso, o senador apontou a existência de "super-faturamento revoltante" em boa parte das obras do PAC, especialmente em duas obras da Petrobras: a Refinaria Abreu Lima, em Pernambuco, e a Refinaria Getúlio Vargas, no Paraná.

- É uma herança maldita do PAC que se transfere à nova presidente, que foi antes denominada de mãe do PAC. Houve geração de falsa expectativa e como decorrência uma enorme frustração de resultados. Este não é o resultado prometido pelo presidente Lula - afirmou.

O senador assinalou que, segundo especialistas, o Brasil necessitaria de US$ 30 bilhões anuais para investimentos em infraestrutura, mas o governo Lula investiu apenas US$ 10 bilhões, levando o país a um apagão logístico a médio e longo prazo.

O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) disse, em aparte, que encontrou no site Controler um Airbus 340, ano 1997, por US$ 35 milhões, enquanto a Presidência da República quer comprar um por US$ 550 milhões. Segundo Heráclito, o Airbus é considerado semi-novo e uma reforma atenderia a todos as necessidades da Presidência da República.



09/12/2010

Agência Senado


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