Alvaro Dias apóia proposta de taxar lucros dos bancos
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) apoiou nesta terça-feira (7) proposta do Sindicato dos Auditores da Receita Federal (Unafisco Sindical) que rejeita a cobrança de contribuição previdenciária dos servidores inativos e sugere a retomada da alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das instituições financeiras ao nível em que se encontrava no início do governo Fernando Henrique Cardoso. Segundo o senador, apenas essa medida geraria R$ 2,8 bilhões para os cofres públicos.
- A reforma da Previdência, que seria da sociedade brasileira, virou a reforma dos governadores e só atende aos interesses dos governos federal e estaduais. Esta reforma não foi submetida à sociedade brasileira durante a campanha eleitoral como está sendo agora encaminhada ao Congresso Nacional. Esta reforma estica o braço com mão grande no bolso dos contribuintes e dos inativos - afirmou.
Para Alvaro Dias, o conceito de direito adquirido do atual governo é -restrito demais-. Ele revelou que pesquisa realizada pelo Ministério da Previdência, não divulgada, constatou que, de 1,5 milhão de contracheques de servidores públicos, apenas 300 em todo o país registram salários superiores a R$ 17.300 - que é o teto proposto na reforma da Previdência. Segundo o senador, o governo está tentando jogar a opinião pública contra os servidores públicos utilizando justamente o argumento de que muitos deles recebem supersalários.
- Não há déficit na Previdência, se retirarmos as despesas que não têm nada a ver com ela. O governo prefere fazer com que trabalhadores humildes paguem o rombo. Essa reforma não é favorável ao país. É favorável ao oportunismo dos que governam e querem seus cofres abarrotados - concluiu.
07/10/2003
Agência Senado
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