Álvaro Dias critica ministro do STF por impedir trabalho da CPI



O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar fatos envolvendo associações brasileiras de futebol, disse ontem, na abertura dos trabalhos daquela comissão, estar estarrecido com a decisão tomada pelo ministro Ilmar Galvão, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedendo liminar que suspende de imediato a quebra de sigilo bancário e fiscal da Federação Mineira de Futebol e do seu presidente, Elmer Guilherme Ferreira, solicitada pela comissão. Para ele, o presidente da Federação Mineira de Futebol é um réu confesso que no seu depoimento à CPI, assombrou os parlamentares e o país, ao relatar a prática de atos absolutamente imorais.

Álvaro Dias disse que não basta cobrar do Congresso Nacional uma conduta ética. É preciso que haja uma colaboração de todos os setores para que o Brasil não tenha mais que conviver com atos de corrupção e com a impunidade. Ele disse que a população brasileira revela indignação e revolta diante da decisão do ministro do Supremo.

- Não podemos concordar com esse tipo de atitude. Acho que as pizzas não devem ser mandadas para o Congresso. O endereço é outro - argumentou com ironia o senador paranaense, referindo-se ao protesto de um grupo de empresários que enviou dezenas de caixas de pizzas para o Congresso, querendo com isso sugerir que tudo o que se apura ali "não dá em nada".

Apesar das dificuldades criadas pelo STF, contudo, Álvaro Dias garantiu que a CPI do futebol "não terminará em pizza", pois até aqui, já apurou irregularidades e crimes com provas documentais suficientes para enquadrar os culpados. "O que fizemos até aqui - arrematou - já justifica plenamente a instalação dessa CPI."

17/05/2001

Agência Senado


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