Álvaro Dias faz apelo à Justiça para impedir a venda da Copel
Em seu discurso, o senador elencou os principais pontos que regem a ação popular de sua iniciativa, assinada pelos advogados Romeu F. Bacellar Filho e Renato Andrade. O senador argumenta que o governo do estado está leiloando a empresa por um preço irrisório, cerca de R$ 4,3 bilhões, quando apenas o seu patrimônio é avaliado em R$ 37,18 bilhões , de acordo com estimativas do Sindicato do Engenheiros do Estado do Paraná. Álvaro disse que o próprio governo já havia avaliado a Copel, no começo do ano, em R$ 9 bilhões. Ele salientou que é preciso levar em conta que o endividamento da empresa é mínimo.
Álaro Dias disse ainda que o governo escolheu um momento inadequado para realizar o leilão, devido à instabilidade econômica mundial, sobretudo depois dos atentados ocorridos nos Estados Unidos. O parlamentar lembrou que o próprio presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Francisco Gross, disse em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo que prevê dificuldades na privatização da Copel.
Para o senador, o leilão da empresa agride os princípios da razoabilidade, da eficiência e da economicidade. Na ação popular, o senador afirma que a alienação de uma companhia estatal de reconhecida eficiência em plena época de instabilidade mundial "não atende o interesse da coletividade, da legitimidade e muito menos da economicidade".
Diante de todos esses fatos, disse Álvaro Dias, é que o leilão da Copel se apresenta de "forma irregular, ilegal e abusiva, inteiramente contrária aos interesses da maioria do povo". Ele ressaltou que 93% da população do estado se manifestou contrariamente à privatização da empresa em recente pesquisa.
Em aparte, o senador Mauro Miranda (PMDB-GO) disse que a mesma indignação do povo paranaense é sentida pelos goianos em relação à intenção do governo de vender a companhia de energia de Goiás.
29/10/2001
Agência Senado
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