Alvaro Dias defende discussão sobre remodelagem de pneus no país
A tramitação do projeto de lei do Senado (PLS nº 216/2003) do senador Flávio Arns (PT-PR) que dispõe sobre a exigência de contrapartida ambiental para colocação de pneus no mercado interno está prestes a reacender o debate sobre o comércio de pneus remoldados no país. O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) está propondo a criação de uma comissão de seis senadores, a serem escolhidos entre os membros da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde tramita a matéria, para analisar as restrições impostas ao processo de remodelagem de pneus.
De acordo com Alvaro Dias, as indústrias de pneus remoldados travam há dez anos uma disputa com as multinacionais fabricantes de pneus novos, já conhecida como -guerra dos pneus-. Para acirrar ainda mais essa competição, o senador tucano disse que iniciativas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; do Ministério do Meio Ambiente e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e do Recursos Naturais Renováveis (Ibama) estão trazendo prejuízos ao setor de pneus reformados, que gera quatro vezes mais empregos, produz artigos 35% mais baratos e propicia a economia de recursos naturais não-renováveis.
- Confesso que, mercê da campanha insidiosa das multinacionais na mídia nacional, o tema, que deveria ser de fácil entendimento, passou a ser muito mal-entendido e de difícil compreensão, até porque é inusitado ver o Ibama defendendo o que deveria combater e agredindo o que deveria aplaudir - comentou. Alvaro Dias também leu uma carta aberta da Associação Brasileira da Indústria de Pneus Remoldados (Abip) ao deputado Fernando Gabeira (sem partido-RJ), onde, além de contestar a classificação de pneus usados para seus produtos, esclarece que o setor não importa, mas fabrica pneus remoldados.
Alvaro Dias também comentou reportagem recente do Jornal do Brasil que destaca o -temperamento intolerante- do ministro chefe da Casa Civil da Presidência da República, José Dirceu, evidenciado em críticas dirigidas ao ex-presidente Fernando Henrique.
- Alguém que foi tão beneficiado pela volta da democracia deveria ter maior responsabilidade na sua consolidação - afirmou.
17/11/2003
Agência Senado
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