ÁLVARO DIAS DENUNCIA IRREGULARIDADES NA PRIVATIZAÇÃO DO BANESTADO



O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) voltou a denunciar em plenário, nesta segunda-feira (dia 16), irregularidades no processo de privatização do Banco do Estado do Paraná (Banestado). Ele disse que nesta segunda estaria sendo julgada ação popular movida por ele e pelos demais senadores paranaenses, Osmar Dias (PSDB) e Roberto Requião (PMDB), visando a suspensão do leilão e a nulidade de todos os atos do governo estadual em torno do processo de privatização.

Uma das razões alegadas na ação popular é a subavaliação do Banestado, feita pelo Banco Fator. De acordo com o senador, o governo do Paraná pretende leiloar o Banestado - que já está dando lucro - pelo preço mínimo de R$ 434 milhões, quando apenas o patrimônio líquido da instituição atinge o patamar de R$ 535 milhões. Ele lembrou que o Banco Fator avaliou o Banco do Estado de São Paulo (Banespa) em um bilhão de reais abaixo do que deveria.

Foram ignorados, no preço do leilão, os créditos tributários de que o Banestado dispõe e o prédio onde fica a sede do banco. Além disso, para o senador, o comprometimento do governo estadual em manter todos seus recursos no Banestado durante cinco anos após sua venda, caracteriza mais um privilégio inaceitável. Outros itens prejudiciais ao Paraná seriam a inclusão, no leilão, de 21% das ações da Companhia Energia Elétrica (Copel), e a obrigação de pagar a dívida de R$ 5 bilhões, que será assumida pelo estado.

- Todo o processo de privatização do Banestado é um festival de irregularidades e de desrespeito à sociedade e à lei - classificou Álvaro Dias, lamentando a publicidade de "má fé" feita pelo governo estadual a favor da privatização. Ele mencionou também o fato de que somente dois bancos - o Itaú e o Bradesco - foram selecionados para o leilão.

Álvaro Dias lembrou que o Banestado já foi a sétima maior instituição financeira do país, com uma imensa importância para o desenvolvimento do Paraná, incentivando atividades econômicas de cunho social, e possibilitando a implementação de vários programas estaduais. Ele destacou ainda a responsabilidade do Banco Central na questão.

- Jamais poderíamos imaginar que uma instituição tão sólida sofresse um processo assim, que ocorreu graças à quadrilha que subiu ao poder no banco - concluiu.

16/10/2000

Agência Senado


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