Álvaro Dias responsabiliza governo do Paraná pelo empobrecimento do estado
O senador Álvaro Dias (PDT-PR) lamentou em Plenário, nesta segunda-feira (18), o empobrecimento do estado do Paraná nos últimos sete anos. Segundo o parlamentar, a falta de uma política de aproveitamento das potencialidades regionais e a atual centralização da economia na região metropolitana de Curitiba levaram o estado a apresentar em 2001 indicadores sócio-econômicos negativos em escala maior que grande parte dos estados do país.
- Nos últimos anos, o Paraná assistiu a um retrocesso inacreditável. A taxa de atividade da população foi reduzida em 0,9%, uma redução superior àquela verificada no Brasil, que foi de 0,5%. As distorções sociais se avolumaram. As injustiças sociais cresceram. A distribuição de renda no estado retrocedeu. A parcela correspondente a 50% dos mais pobres perdeu 10,6% da participação na renda, e a parcela dos 1% mais ricos aumentou em 13% a sua participação na renda estadual - informou o senador.
Álvaro Dias responsabiliza o atual governo do Paraná pela redução da atividade econômica no interior do estado. Segundo o senador, a concentração desordenada na região metropolitana de Curitiba fez com que surgissem favelas e ocupações irregulares que abrigam cerca de 70 mil famílias que vivem num cenário de injustiças sociais, trânsito caótico e crescente violência.
Em aparte, o senador Lauro Campos (PDT-DF) elogiou o discurso de Álvaro Dias e disse que até mesmo os órgãos do governo federal reconhecem a perda do poder aquisitivo dos trabalhadores. Ele citou pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), segundo a qual a renda dos trabalhadores com carteira assinada caiu 8,9% desde o lançamento do Plano Real. De acordo com o instituto esse índice é recorde.
Lembrando as próximas eleições para os cargos do Executivo, em outubro, Álvaro Dias fez um apelo aos candidatos à Presidência da República e aos governos estaduais para que mudem o país. Isso, acrescentou o senador, pode ser alcançado "ouvindo mais do que afirmando".
- Os candidatos à Presidência devem estabelecer como prioridade da sua ação a apresentação de pospostas que digam respeito a aspiração nacional de desenvolvimento econômico com justiça social e a cobrança dessas propostas é da maior importância - concluiu o parlamentar.
18/03/2002
Agência Senado
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