Alvaro Dias volta a manifestar preocupação com alta da inflação
Em discurso nesta segunda-feira (2) no Plenário, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) mais uma vez demonstrou preocupação com a alta da inflação. O senador destacou uma manifestação, na cidade de Cascavel (PR), contra o aumento do preço dos combustíveis.
- Estamos vivendo um momento de remarcação constante nas bombas de gasolina em todo o país - observou Alvaro Dias, ressaltando que o protesto foi civilizado e democrático.
O senador afirmou que as medidas adotadas pelo governo não resolvem a questão dos gastos públicos, "apesar das promessas no sentido contrário". De acordo com Alvaro Dias, é preciso fazer uma reforma administrativa inteligente e profunda para racionalizar os gastos.
O senador paranaense disse que o "galope da inflação" não vem sendo contido e citou preços de diversos produtos e serviços como exemplo. Segundo Dias, a alta da mensalidade da pré-escola é da ordem de 8%, a inflação do aluguel é de quase 11% e o gasto com planos de saúde subiu 12%. Alvaro Dias disse que "um país não pode prescindir da fiscalização da oposição".
- A inflação pode até ser benéfica para alguns grupos, mas é perversa para a sociedade - afirmou o senador.
Em aparte, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) elogiou a atuação do governo na economia e fez um paralelo entre os governos do PSDB e do PT, ressaltando que os números são favoráveis às gestões do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff. Segundo a senadora, o governo também tem conseguido bons números no superávit primário.
- Temos uma inflação sob controle e dentro da meta - afirmou Gleisi Hoffmann.
Alvaro Dias respondeu que os números do governo são feitos por "mágicos da contabilidade" e que as estatísticas do governo "não merecem respeito nem credibilidade". Segundo o senador, Gleisi Hoffmann está no Senado para "defender o governo e nem sempre o povo brasileiro".
Livros didáticos
Alvaro Dias também anunciou a intenção do senador Cyro Miranda (PSDB-GO) de apresentar, nesta terça-feira (3), requerimento para convocar o ministro da Educação, Fernando Haddad, para falar na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) sobre suposta "partidarização e ideologização do conteúdo de livros didáticos".
O objetivo, segundo Álvaro Dias, é ouvir o ministro sobre denúncia do jornal Folha de S. Paulo. Matéria publicada no domingo (1º) mostrou que livros didáticos aprovados pelo Ministério da Educação trazem críticas ao governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e elogios à gestão de Lula.
02/05/2011
Agência Senado
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