AMIR LANDO: SEM APROVAÇÃO DE PROJETOS CONTRA SONEGAÇÃO NÃO HAVERÁ MÍNIMO DE R$ 180



O relator-geral do Orçamento 2001, senador Amir Lando (PMDB-RO), afirmou nesta quarta-feira (dia 29) que sem a aprovação dos três projetos destinados a combater a sonegação "não haverá salário mínimo de 180 reais". Ele minimizou a reação de alguns líderes contra o item do acordo firmado pela relatoria com o Executivo que prevê o uso de todo o dinheiro das emendas parlamentares no pagamento do salário mínimo.

- O acordo foi tratado com os líderes partidários. Eles sabiam e concordaram com a alternativa. Não acredito que, sob o argumento de que não abrem mão de suas emendas, os deputados e senadores se recusem a votar os projetos de combate à sonegação. Não acertei nada sem o consentimentos dos líderes - disse Amir Lando.

O acordo firmado na noite de terça-feira (dia 28) entre o Palácio do Planalto, o relator-geral do Orçamento 2001 e a liderança do governo no Congresso prevê que serão destinados ao salário mínimo recursos de três fontes: R$ 1,6 bilhão das verbas antes direcionadas às emendas parlamentares, corte de R$ 300 milhões no custeio da máquina administrativa e R$ 1,2 bilhão de receita a ser proporcionada pelos projetos anti-sonegação. Se a arrecadação superar os R$ 1,2 bilhão, os recursos serão usados nas emendas do Congresso. Os economistas do Congresso acreditam que os projetos vão aumentar a arrecadação em até R$ 9 bilhões ao ano.

- Nos últimos anos, qual era a garantia dos parlamentares de que o Executivo aceitaria suas emendas? Nenhuma. Agora, pelo menos temos a garantia de que, se a arrecadação adicional propiciada pelo combate aos sonegadores passar de R$ 1,2 bilhão, as emendas serão respeitadas - observou o relator-geral.

O presidente da Comissão Mista de Orçamento, deputado Alberto Goldman (PSDB-SP), opinou que o acordo firmado pelo senador Amir Lando com o Executivo foi apenas uma troca de fontes, porque o pagamento do salário mínimo deve sair de fonte segura e já existente.

- No passado criavam-se fontes imaginárias e o governo cortava quase tudo das emendas do Congresso. Nessa situação, só os espertos acabavam obtendo liberação de suas emendas. Agora, todos ficam iguais, sem o privilégio de alguns que têm o poder do lobby - sustentou Alberto Goldman em entrevista à imprensa.

29/11/2000

Agência Senado


Artigos Relacionados


AMIR LANDO: "SEM OS PROJETOS DE COMBATE AOS SONEGADORES NÃO HAVERÁ MÍNIMO DE R$ 180"

AMIR LANDO VAI DISCUTIR COM PARTIDOS PROJETOS QUE VIABILIZAM MÍNIMO DE R$ 180

AMIR LANDO: COMBATE À SONEGAÇÃO PODE SUBSTITUIR PREVIDÊNCIA DE INATIVOS

AMIR LANDO DIZ QUE JÁ HÁ DINHEIRO PARA MÍNIMO DE R$ 180 E ACEITA R$ 159 EM JANEIRO

Amir Lando pede retirada de destaque que aumenta o mínimo

AMIR LANDO: "É HORA DE LUTAR PELO AUMENTO DO MÍNIMO, E NÃO DE CRITICAR"