Ana Júlia prega modelo diferenciado de desenvolvimento



Em seu primeiro discurso em Plenário, a senadora Ana Júlia Carepa (PT-PA) defendeu um modelo diferenciado de desenvolvimento, que leve em conta as singularidades e as potencialidades regionais. Para ela, a Amazônia em geral e o Pará em particular têm marcas profundas das políticas simplificadoras que foram implementadas nos últimos 40 anos.

- A União tem uma dívida com o estado do Pará, especialmente em função da Lei Kandir, que tanto prejudicou os estados exportadores de matérias-primas e produtos semimanufaturados - afirmou.

Para Ana Júlia, há ainda mais equívocos na economia - com um modelo de crescimento que concentra renda e dizima os recursos naturais - e no meio ambiente, em que a destruição com incentivos fiscais beneficiou alguns, mas levou à construção de uma imagem negativa da população amazônica como um todo, vista como ambientalmente irresponsável.

Ela ressaltou que seu mandato de senadora está comprometido com a implementação de um modelo capaz de valorizar e reforçar os diferentes aspectos étnicos, culturais e econômicos da região amazônica. Os técnicos sabem alguma coisa, afirmou, mas são as comunidades, os movimentos sociais, os empreendedores locais e os trabalhadores que conhecem as verdadeiras soluções e precisam ser fortalecidos.

Ana Júlia destacou ser possível alcançar a igualdade e a justiça social na Amazônia, se seus 20 milhões de habitantes forem respeitados e integrados econômica e socialmente ao resto do Brasil. -A participação do povo é que diferencia a política moderna. Aliás, essa é a marca do Partido dos Trabalhadores: o diálogo aberto, com olhos e ouvidos sintonizados na sociedade-, concluiu a senadora pelo Pará.



19/02/2003

Agência Senado


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