Ana Rita defende Programa Mais Médicos



Em pronunciamento nesta quinta-feira (5), a presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), senadora Ana Rita (PT-ES), comentou o Programa Mais Médicos, tema de audiência pública realizada pela comissão no último dia 22.

- O programa para levar médicos para regiões carentes é apenas uma vertente de uma série de medidas estruturantes para aprimorar a formação médica e diminuir a carência de profissionais médicos no país – afirmou a parlamentar.

Segundo ela, o programa, lançado no último 8 de julho, faz parte de um amplo pacto pela melhoria do atendimento dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), que inclui investimentos na infraestrutura de hospitais e de unidades de saúde.

A senadora informou que o Ministério da Saúde deverá investir R$ 15 bilhões até 2014. Segundo ela, serão R$ 2,8 bilhões para obras em 16 mil unidades básicas de saúde e para compra de equipamento para 5 mil dessas unidades. Também haverá R$ 3,2 bilhões para obras em 818 hospitais e aquisição de equipamento para outros 2,5 mil hospitais. Disse ainda que R$ 1,4 bilhão serão gastos em obras em 867 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

Ana Rita afirmou que estão previstos ainda investimentos, pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério da Educação, de R$ 5,5 bilhões para a construção de 6 mil Unidades Básicas de Saúde; para a reforma e ampliação de 11,8 mil dessas unidades; e para a construção de 225 UPAs, além de R$ 2 bilhões que serão investidos em 14 hospitais universitários.

A representante capixaba informou ainda que, em parceria com o Ministério da Educação, serão abertas 11,5 mil vagas nos cursos de Medicina no país, até 2017. Ela disse que 2,4 mil já foram criadas e serão implantadas até o ano que vem. Também serão criadas 12 mil vagas para formação de especialistas até 2020.

A presidente da CDH disse que, depois de anos de estagnação, o SUS vem se expandido: o número de leitos nos hospitais cresceu 17,3% nos últimos cinco anos. No mesmo período, o número de estabelecimentos médicos do sistema aumentou em 44,5%, e o número de equipamentos de saúde foi ampliado em 72,3%.

A senadora lembrou que a primeira chamada do Programa Mais Médicos teve 1,6 mil médicos inscritos, entre brasileiros e estrangeiros, sendo que os estrangeiros somente foram convocados para vagas não preenchidas por brasileiros. Ao todo, 3,5 mil prefeitos demandaram 15,4 mil médicos.

A senadora lembrou que o país tem 1,8 médicos por grupo de mil habitantes, número menor do que os da Argentina (3,2 por mil), Uruguai (3,7 por mil), Portugal (3,9 por mil) e Espanha (4 por mil). A distribuição dos médicos pelo território nacional também causa problemas, uma vez que 22 dos 27 estados brasileiros têm um número de médicos abaixo da média nacional.

A parlamentar ainda lamentou a postura de um grupo de médicos que xingaram e vaiaram um grupo de médicos cubanos que saía de um curso em Fortaleza. Para ela, atitudes como essa, que geraram uma nota de repúdio da comissão, incitam o preconceito e a xenofobia e são um desrespeito aos direitos humanos que não se pode admitir.



05/09/2013

Agência Senado


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