Anibal critica mudanças propostas por Aécio no programa Bolsa-Família
O senador Aníbal Diniz (PT-AC) criticou, nesta terça-feira (1º), as mudanças propostas pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), em relação ao programa Bolsa-Família. As mudanças foram sugeridas em um debate promovido pela revista Exame e, de acordo com Anibal, apenas “chovem no molhado”, já que são práticas que já estão sendo feitas pelo governo federal.
Anibal destacou que, uma das propostas sugeridas por Aécio, é estabelecer a visita de um assistente social, uma vez por ano, aos beneficiários do programa com a finalidade de avaliar a evolução da família. De acordo com Anibal, a proposta é um retrocesso, pois os assistentes já entram em contato com os beneficiários “ao menor sinal de que as condições impostas pelo programa não estão sendo cumpridas”.
Outra medida proposta por Aécio que já é corrente, do acordo com Anibal, é a extensão do pagamento do benefício mesmo que os membros da família assistida consigam emprego e ultrapassem a renda mensal de até R$ 140 por pessoa. Anibal explicou que as famílias que ultrapassam a renda mínima necessária para participar do programa são consideradas vulneráveis pelo governo e não são automaticamente retiradas do Cadastro Único.
- É muito importante que os candidatos a presidente da República que queiram inovar em suas propostas conheçam o que está em prática para não choverem no molhado e apresentarem proposição em cima daquilo que já está sendo praticado – disse.
Redução da Fome
O senador Anibal Diniz citou relatório da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) que revela que, em duas décadas, o Brasil foi um dos países que mais reduziram a fome. Segundo a FAO, em 20 anos, o número de famintos no Brasil caiu em quase 10 milhões de pessoas. O estudo aponta ainda que o Brasil, ao lado de outros 30 países, já atingiu as Metas do Milênio, da ONU, em termos de combate à fome.
Anibal observou que o relatório rebate, de forma definitiva, as críticas de que o programa Fome Zero, lá atrás, ou o Bolsa-Família, de hoje, seriam programas meramente assistencialistas e criadores de uma relação de dependência da população com o Estado. O senador elogiou a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula e afirmou que o empenho do governo do PT foi fundamental na obtenção desse resultado.
- Esses programas sociais são programas de altíssimo impacto e têm um reflexo direto na melhoria da qualidade de vida das pessoas que mais precisam, que são os mais pobres, aqueles menos assistidos – disse.
01/10/2013
Agência Senado
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