Antonio Carlos Júnior diz que ACM foi injustiçado



O discurso de estréia do senador Antônio Carlos Júnior (PFL-BA), suplente e filho do ex-senador Antônio Carlos Magalhães - que renunciou ao mandato em virtude de denúncias envolvendo a violação do painel eletrônico do Senado - foi marcado pela defesa do talento político, da honestidade, da probidade administrativa do ex-senador e do trabalho que, segundo afirmou, seu pai realizou em favor do Congresso Nacional, da Bahia e do país.

Para o senador, Antônio Carlos Magalhães marcou presença na vida pública nacional "pela coragem de falar a verdade e pela franqueza com que trata a todos, aliados ou adversários, mas sempre de maneira honesta". Ele disse que o seu pai decidiu renunciar ao mandato já que tinha detectado o que chamou de um provável processo de linchamento político.

-- Foi um autêntico jogo de cartas marcadas e de decisões tomadas para atender interesses subalternos, com a clara intenção de tentar calar uma voz que jamais deixará de denunciar a corrupção e a incompetência dos governantes - - desabafou Antônio Carlos Júnior, para quem o seu pai possui uma inegável história de sucessos políticos e administrativos.

Antônio Carlos Júnior disse que os frutos do trabalho deixados pelo seu pai ao longo dos últimos anos já começam a ser colhidos pela sociedade. Como exemplo, citou a aprovação do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, idealizado pelo ex-senador, e a luta por um melhor salário mínimo. Os debates em torno da adoção de um orçamento impositivo e da revisão da imunidade parlamentar, de modo a garantir apenas aos congressistas a inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos, também foram de iniciativa de Antônio Carlos Magalhães, acrescentou o senador.

O orador lembrou que foi o seu pai quem defendeu a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Judiciário que, observou, trouxe à sociedade inúmeras irregularidades e distorções, como o desvio de verbas na construção de prédios públicos, o nepotismo, a indústria dos alvarás de soltura, a concessão de indenizações milionárias e o desvirtuamento das adoções internacionais.

Antônio Carlos Júnior garantiu que continuará a defender as idéias de seu pai e aquilo que, segundo disse, foi bandeira do ex-senador durante toda a vida pública: a ética na política e, principalmente, no Senado. "Tem sido constrangedora a situação por que passa esta Casa, com o noticiário denunciando graves irregularidades que envolvem, inclusive, sua própria presidência", alfinetou.

O senador disse também que irá lutar contra o desemprego e pelo fim das desigualdades regionais, combater o sistema tributário - que, observou, privilegia estados ricos em detrimento dos mais pobres - , defender uma política de incentivos à produção de energias renováveis e medidas concretas que ponham fim ao flagelo da seca.

O senador Ney Suassuna (PMDB-PB), em aparte, disse que a Bahia também estava bem representada tendo um senador como Antônio Carlos Júnior. Também os senadores Tião Viana (PT-AC), Eduardo Suplicy (PT-SP), Bernardo Cabral (PFL-AM) e Romero Jucá (PSDB-RR) fizeram votos para que Antônio Carlos Júnior possa concretizar, no Senado, todos os seus projetos.

28/06/2001

Agência Senado


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