Armando Monteiro pede redução de juros e estímulo a pequenas empresas




O senador Armando Monteiro (PTB-PE), em pronunciamento em Plenário nesta terça-feira (9), elogiou as novas medidas anunciadas hoje pela presidente Dilma Rousseff, frisando que o estímulo ao setor produtivo é essencial para o enfrentamento da iminente crise mundial. O parlamentar também defendeu a redução dos juros a patamares razoáveis. 

- Não é possível que o Brasil continue a ter uma taxa de juros tão elevada em relação à média dos países emergentes. Isso representa uma imensa desvantagem para a produção brasileira, além do custo fiscal decorrente dessa circunstância - alertou. 

Armando Monteiro, que mencionou as dificuldades com as dívidas soberanas de vários países da Europa e o rebaixamento da nota de investimento dos títulos dos Estados Unidos, disse que o Brasil não está isolado dos problemas econômicos externos, mas apresenta "condições diferenciadamente positivas para o enfrentamento desse quadro". Entre os pontos positivos, o senador citou as grandes reservas internacionais, o mercado interno dinâmico e o sistema financeiro saudável, além de bancos públicos que cumprem um papel importante nas crises.

O parlamentar manifestou esperança de que a crise dê sentido de urgência a um "rearranjo" na política macroeconômica e ao realinhamento de juros e câmbio, que, em seu ponto de vista, estão fora de equilíbrio. 

Pequenas Empresas

Armando Monteiro destacou a ampliação dos limites do Simples e a duplicação desses limites para empresas exportadoras como exemplos de políticas governamentais na direção correta. O senador enalteceu a "imensa energia empreendedora" do Brasil e pediu mais estímulo às pequenas empresas. 

- Apoiar os pequenos negócios representa uma diretriz absolutamente correta da política governamental. Costumo dizer que os pequenos negócios representam um grande negócio para o país - afirmou. - É preciso transformar essa energia empreendedora, que representa um capital de confiança no país. 

Em apartes, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) concordou com o acerto das novas medidas econômicas, mas lamentou que tenham sido tomadas tardiamente sob a ameaça da crise, e criticou o apagão de mão-de-obra resultante de baixo investimento em educação; o senador Wilson Santiago (PMDB-PB) propôs mais acesso ao crédito a juros baixos e menor burocracia para estimular o desenvolvimento das empresas.



09/08/2011

Agência Senado


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