OPOSIÇÃO CONTESTA AFIRMAÇÕES DE ARRUDA SOBRE INDICAÇÃO DE GROSSI
Após o encaminhamento feito pelo líder do governo, José Roberto Arruda, os senadores Roberto Freire (PPS-PE), José Eduardo Dutra (PT-SE), Eduardo Suplicy (PT-SP) e Pedro Simon (PMDB-RS) voltaram a se manifestar para reafirmar argumentos contrários à indicação de Tereza Grossi à direção do Departamento de Fiscalização do Banco Central.- Esqueçam-se o relatório da CPI, os critérios para definir "reputação ilibada" e qualquer julgamento sobre a honestidade pessoal da funcionária. O problema todo é que, aprovando a indicação, o Senado está designando uma cidadã sobre a qual recai indiciamento solicitado pelo Ministério Público e aceito pela Justiça. O processo continua - avisou FreirePara Dutra, os líderes governistas fugiram do debate ao longo de toda a tarde para, ao final, tentarem ficar com a palavra final recorrendo a "malabarismos semânticos". Quanto à acusação de que a oposição estava execrando a imagem pública de uma funcionária exemplar e competente, Dutra responsabilizou o presidente da República pela execração, pois "insistiu na indicação quando setores de sua base inicialmente reagiram e, depois, de repente, mudaram de posição". No futuro, previu, o plenário do Senado "aprovará o juiz Nicolau para o STJ".Vários trechos do relatório final da CPI foram lidos por Suplicy para mostrar que Tereza Grossi participou ativamente da operação de socorro aos bancos Marka e FonteCindam. Simon confirmou a Arruda que de fato, na CPI, elogiou a coragem da funcionária. Com o depoimento do superintendente da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F;), Simon disse ter verificado que Tereza Grossi mentiu. "Ela fez a missão suja de limpar a decisão tomada pela diretoria do Banco Central e agora está sendo promovida", frisou.
28/03/2000
Agência Senado
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