Arruda nega a Carlos Wilson ter conhecimento prévio sobre fragilidade do painel de votação
O ex-líder do governo também assegurou desconhecer, em depoimento ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, nesta sexta-feira (dia 27), a existência de 18 pontos de vulnerabilidade no painel de votação até a divulgação do laudo pericial da Unicamp. Quando a revista IstoÉ publicou reportagem sobre a violação do painel eletrônico, em fevereiro passado, Arruda admitiu ter procurado Regina Borges para saber da possibilidade de vulnerabilidade do sistema.
Na ocasião, a ex-diretora teria garantido a segurança do programa criado pelo marido, o também funcionário do Prodasen Ivar Ferreira, para extrair a lista de votação. Ao mencionar o depoimento de Ivar Ferreira à Corregedoria do Senado, o corregedor, senador Romeu Tuma (PFL-SP), lembrou que o técnico deixou pistas no processo, descobertas pela Unicamp, por desconhecer as demais vulnerabilidades detectadas.
Arruda também negou ter amizade próxima com Regina Borges ou conhecer qualquer dos quatro servidores do Prodasen envolvidos na violação do painel. De qualquer forma, destacou a dedicação ao trabalho da ex-diretora do Prodasen, servidora do Senado há mais de 20 anos. Ao final das considerações feitas por Carlos Wilson, o senador Arruda apelou aos integrantes do Conselho de Ética para que, antes de tomarem uma decisão sobre o caso, reflitam sobre a atuação de ambos na instituição. "Não é possível que esse episódio marque as nossa vidas de forma indelével", declarou.
27/04/2001
Agência Senado
Artigos Relacionados
Carlos Wilson: renúncia de Arruda não interfere na situação de Antonio Carlos
Carlos Wilson diz que novo painel eletrônico recupera credibilidade do Prodasen
Carlos Wilson entrega a Tebet novo painel com certificado de segurança
Carlos Wilson anuncia punição de servidores envolvidos na violação do painel do Senado
Comissão que investiga painel de votação do Senado nega informações da IstoÉ
SUPLICY QUER CONHECIMENTO PRÉVIO DA CARTA DE INTENÇÕES AO FMI