Arthur Virgílio critica otimismo exagerado dos petistas
O líder do PSDB no Senado, ArthurVirgílio (AM), criticou o otimismo exagerado dos discursos dos senadores petistas, por entender que será impossível manter osbons resultados da economia nos últimos três meses, se não houver investimentos estrangeiros maciços e melhor administração da máquina pública, que não consegue gastar sequer os recursos orçamentários previstos. Ele alertou, ainda, para os escândalos sucessivos que vem abalando o governo e que, por não serem devidamente explicados, terminam por minar a credibilidade do governo no exterior.- Waldomiro, Meirelles, Candiota e Casseb, demonstram a falta de autoridade do presidente Lula que nomeou mal e não sabe demitir. Esses episódios geram notinhas em jornais como Financial Times e Wall Street Journal, abalando a confiança do investidor estrangeiro. Nesse ano, serão menos do que US$ 10 bilhões, um terço do que seria necessário para assegurar o pretendido crescimento da ordem de 3,5% do PIB - observou o líder. Arthur Virgílio observou que os 800 mil empregos criados representam a metade do que seria necessário apenas para suprir a demanda dos que entram anualmente no mercado de trabalho. Além disso, a renda do trabalhador não está crescendo, demonstrando que os empregos gerados são de baixos salários. O senador pelo Amazonas manifestou sua preocupação com as constantes críticas dos petistas ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci, "a verdadeira âncora do governo". - É verdade que ele perdeu a oportunidade, no início do ano, de baixar dois ou três pontos percentuais nos juros. No momento não dá mais para baixar, em função da atual pressão inflacionária, mas acertou bem mais do que errou, por isso deveria ser mais prestigiado dentro do governo - concluiu Arthur Virgílio. Em aparte, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) anunciou “para breve” a vinda dos presidentes do Banco Central, Henrique Meirelles, e do Banco do Brasil, Cássio Casseb, à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Ele disse que todos deveriam esperar pelas explicações dos dois presidentes antes de condená-los. Suplicy disse considerae natural o comparecimento ao Senado de autoridades governamentais para darem quaisquer explicações que os senadores julguem necessárias.
03/08/2004
Agência Senado
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