Arthur Virgílio critica projeto que muda Lei de Informática e defende Zona Franca de Manaus
Após o fracasso do acordo para votação do projeto que modifica a Lei de Informática, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) saiu nesta quarta-feira (25) em defesa da Zona Franca de Manaus (ZFM) e disse que o Brasil precisa decidir se continua subsidiando o pólo industrial de Manaus ou acaba com ele de uma vez. Ele lembrou que a ZFM é responsável pela manutenção de 70 mil empregos diretos e por 93% da economia do Amazonas. “O pólo de televisores é o cerne da economia amazonense”, assinalou. Para Arthur Virgílio, a economia de seu estado será prejudicada se for mantido o texto atual do projeto. Um dos pontos de atrito com o governo é exatamente a reivindicação dos fabricantes de televisores instalados na Zona Franca, que pedem exclusividade na produção de monitores de computadores Os incentivos criados para a Zona Franca, de acordo com o senador, são específicos para uma região estratégica para o Brasil e para o mundo. Ao contrário do pensamento comum, afirmou, a ZFM já é exportadora de tributos. - Apenas este ano, a Zona Franca de Manaus vai faturar US$ 14 bilhões, compensando fartamente os subsídios que recebe. O modelo deu certo. Os incentivos fiscais não foram inventados para a ZFM. As famílias ricas de São Paulo também começaram suas fortunas a partir de incentivos fiscais - afirmou. Os senadores Gilberto Mestrinho (PMDB-AM), Eduardo Azeredo (PSDB-MG), José Agripino (PFL-RN), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Hélio Costa (PMDB-MG), Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), Antero Paes de Barros (PSDB-MT) e Almeida Lima (PDT-SE) apartearam Arthur Virgílio. Eles defenderam a manutenção da Zona Franca de Manaus, reconheceram sua importância para a região e para o país e manifestaram a crença de que chegarão a um entendimento que contemple os interesses de todos os estados. - Não há problema insolúvel para a inteligência humana - observou Antonio Carlos, citando Oswaldo Aranha.
25/08/2004
Agência Senado
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