Arthur Virgílio diz que opinião pública saberá quem não quer apurar a verdade
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (PSDB-AM), disse nesta quarta-feira (26), em entrevista coletiva após a reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Cartões Corporativos, que é "contra qualquer arroubo do tipo oposição abandonar a CPMI injuriada, triste e revoltada".
- Eu sou a favor de ficarmos aqui 90 dias. Se preciso, perdendo todos os requerimentos, para deixar bem claro para a opinião pública quem quer e quem não quer apurar a verdade dos fatos. Isso para mim ficou claro como água, depois de ver toda essa confusa reunião de hoje - afirmou.
Virgílio disse que o seu partido vai cumprir o dever de ouvir tudo o que tiver de ouvir, dizer tudo o que tiver a dizer, propor todos os requerimentos, todas as quebras de sigilo e todas as investigações. Ele acrescentou que se a base governista trabalhar direito, merecerá o aplauso da oposição e da opinião pública.
- Mas, se resolverem montar uma máquina para tratorar a verdade, nós vamos denunciar isso e vai ficar claro para a opinião pública quem tem o que esconder. Ao longo desses 90 dias, cada face vai ficar bem clara perante a opinião pública. Um dia, dois dias, três dias, dá para enganar, mas 90 dias não dá. A opinião pública está de olho - frisou.
O senador disse que a próxima batalha será o relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o uso abusivo dos cartões corporativos. Ele assinalou que a base do governo recebeu orientação para votar contra o requerimento solicitando o relatório do TCU e para aprovar requerimentos limitados ao período do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, "que aliás já pediu, em seu nome e da sua esposa, que se investigue toda a vida de ambos. Nesse episódio, quem está inadimplente é o presidente Lula".
26/03/2008
Agência Senado
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