Arthur Virgílio: PAC tem medidas positivas e outras extremamente negativas
Em nota divulgada no final da tarde desta segunda-feira (22), o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (PSDB-AM), afirmou que, entre as medidas do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), há "algumas positivas e outras extremamente negativas".
O parlamentar disse, ao criticar o pacote, que este promove a reindexação de salários e o afrouxamento da política econômica no que se refere ao superávit primário, "que não deverá passar dos 3,75% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano". Para ele, há risco de descontrole inflacionário no futuro. Além disso, argumentou que o governo federal foi omisso em relação às chamadas reformas estruturais, com "apenas uma tímida referência à criação de um grupo de trabalho para tratar do déficit da Previdência Social".
Por outro lado, Virgílio considerou acertados os itens do PAC que tratam do setor energético, da melhoria da legislação sobre licitações e da responsabilidade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em relação aos empreendimentos na área ambiental.
- Entretanto, não houve indício de que a regulação vá melhorar para atrair investimentos privados - ressalvou ele.
Na conclusão da nota, o líder do PSDB declara que "o governo não teve coragem para enfrentar o nó fiscal; apresentou um amontoado vago de intenções e medidas, em que o que é bom não é novo e o que é novo não é bom".
O PAC foi anunciado pelo governo federal na manhã desta segunda-feira e prevê investimentos - entre recursos provenientes da União, de estatais e do setor privado - de R$ 503,9 bilhões até 2010.
22/01/2007
Agência Senado
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