Arthur Virgílio: texto do Senado para MP do setor elétrico é melhor que o do governo



O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), anunciou que na próxima terça-feira (17) a Casa votará um texto para o setor elétrico de qualidade muito melhor que a medida provisória (MP) enviada pelo governo ao Legislativo. "Só a ministra Dilma Rousseff gosta dessa coisa que ela escreveu", disse Arthur Virgílio, condenando a votação às pressas de uma matéria que, em sua opinião, é ruim para a nação e para o governo.

Ao final de reunião com o presidente do Senado, José Sarney, junto com o líder do governo, Aloizio Mercadante (PT-SP), e o senador Demostenes Torres (GO), vice-líder do PFL, Arthur Virgílio disse que nesta quinta-feira (12) serão votadas as MPs que instituem programa de atendimento aos portadores de deficiência e programa de modernização da frota pesqueira.

- Terça-feira, depois de exaustivas tentativas de acordo que faremos no fim de semana, a gente pode até bater chapa, mas será em cima de um texto melhor para o setor elétrico. Vai ser bom para o Brasil e para o governo. Como está, a MP não dá segurança regulatória. Ela não diz que o investidor terá o dinheiro garantido. Ela dá demasiado poder ao Executivo e amesquinha o poder do Legislativo. A MP também abre certas brechas que queremos consertar. Essa lei vai ficar melhor com a nossa modesta colaboração.

Em nome do PFL, o senador Demostenes Torres disse que, nos próximos dias, vai ser tentado um acordo para que se estabeleça um marco regulatório capaz de atender o país e atrair investidores.

- Mesmo que não haja acordo total, a oposição vai tentar, até terça-feira, fazer com que essa MP seja aprimorada. O marco regulatório não é bom. Há muitos pontos que merecem consideração. Não podemos votar de forma açodada e deixar o país em dificuldade.

O senador Mercadante também deixou a reunião considerando positivo o acordo de procedimento ali feito.

- Vamos votar terça-feira, em qualquer cenário, a MP do setor elétrico, com dez destaques em Plenário para que se possa fazer o debate e avançarmos no mérito da matéria, com as negociações que fizemos ao longo das últimas 48 horas. Estamos muito próximos de ampla convergência, com apoio inclusive de senadores importantes da bancada da oposição, que já apóiam o texto final.



11/02/2004

Agência Senado


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