Assembléia aprova projeto do Governo que reajusta salário do magistério



O líder do Governo na Assembléia Legislativa, deputado Ivar Pavan comemorou hoje(26/07) a aprovação do projeto que concede aumento salarial aos professores. Ele disse que as duas emendas apresentadas pela oposição e aprovadas em plenário, uma que estende o pagamento dos 25% para o conjunto dos servidores e a outra que propõe que o reajuste chegue a 190% têm vício de origem. "Estamos dando o maior reajuste oferecido em todo País", destacou Pavan, lembrando que além de pagar em dia o salário do funcionalismo, o Rio Grande do Sul contratou 30 mil novos servidores e está colocando em dia as promoções atrasadas, uma antiga reivindicação da categoria. O reajuste de 25% será pago em quatro parcelas, 6% em agosto e 6% em dezembro. O restante ficou para o próximo ano. O Governo também vai pagar a sobreposição de níveis que representa mais 15% para 75% dos professores, a incorporação de 20% do abono, as promoções atrasadas desde 93, afora o seguro contra a inflação, ou seja quando a inflação for superior ao índice proposto para 2002, a diferença será paga. "Com esta proposta, aprovada pela assembléia do Cpers-sindicato, nenhum professor com 20 horas semanais receberá salário inferior a R$ 360,00 ", salientou Pavan. A emenda proposta e retirada pelo PMDB, que propunha o desmembramento das parcelas do reajuste, garantindo apenas o pagamento dos 6% em agosto e jogando as demais para uma futura discussão é, para Pavan, uma tentativa de inviabilizar o aumento salarial para os professores. "Trata-se de uma tática de tentar colocar a categoria contra o Governo. O PMDB quis aplicar este golpe no magistério, pois como o ano legislativo inicia em 15 de fevereiro de 2002 e a partir de 2 de abril do próximo ano, a constituição veda a concessão de reajuste, dificilmente este projeto seria votado. O professorado, desta forma, perderia o aumento já assegurado e o PMDB tentaria capitalizar a indignação da categoria nas eleições de outubro", desmascarou o líder do governo. O deputado petista disse, ainda, que nunca a educação foi tão valorizada. O governo Olívio Dutra cumpre os preceitos constitucionais e destina 35% da arrecadação do Estado para qualificar o ensino, construir e reformar escolas. Pavan assinalou que a recuperação salarial proposta pelo Governo, passa pelo resgate do Plano de Carreira do Magistério, pelo pagamento das promoções atrasadas que vai beneficiar 57 mil educadores. Em 2000, recorda o líder do Governo, o Executivo estadual concedeu 14,9% de reposição aos trabalhadores em educação e mais 20% do reajuste do vale refeição. "Mais de 12 mil professores foram nomeados por concurso público no ano passado. E outras sete mil vagas estão abertas no concurso que ocorre em setembro deste ano". O Executivo estadual, com este projeto, reafirma o seu compromisso de investir e qualificar os trabalhadores em Educação. "Ao contrário de outras administrações, hoje a educação é tratada com seriedade, transparência e participação. Nosso Governo inverte prioridades, sem demitir, municipalizar ou privatizar", frisou ele, para quem é neste contexto que o governo Olívio negocia e faz um grande esforço para recuperar salários em um quadro de grandes limitações. Bancada petista comemora conquista dos trabalhadores em educação- Ivar Pavan: "Os professores estão recebendo o maior reajuste salarial do País. Nenhum outro governo ofereceu índice superior aos 25% propostos pelo Governo Democrático e Popular". Elvino Bohn Gass-"A oposição está raivosa, porque compreendeu a profundidade da proposta do Governo. O acordo com o magistério repõe perdas herdadas de administrações anteriores e alimenta uma expectativa de construção de novos avanços". Luís Fernando Schmidt- "Todos sabemos, Governo e bancada que este reajuste não é o ideal. Mas, dentro das condições atuais da conjuntura econômica do País, é bastante, principalmente se compararmos com o que o governo FHC, apoiado pelos que fazem oposição ao governo Olívio Dutra, faz pelos seus servidores, que não têm nenhuma reposição há sete anos". Roque Grazziotin-"É significativa a reposição do salário defasado, embora não contemple a plenitude do que é buscado. Representa, no entanto, o maior índice concedido ao funcionalismo em nível nacional". Cecilia Hypolito- "Embora o magistério seja uma categoria que trabalha com a educação e que mereceria um salário mais digno, temos a satisfação de iniciarmos um processo de recuperação do plano de carreira. Nosso Governo está promovendo um ajuste de contas, para por fim ao arrocho salarial deixado pelos governos anteriores". Maria do Rosário- "O principal deste projeto é que o magistério está recuperando a sua carreira e isto é o maior patrimônio que esta categoria conquistou ao longo da história. Este é o passo fundamental, para que os salários sejam recuperados para além dos 25%, que agora estão sendo assegurados". José Gomes- "Este reajuste representa um avanço nas reivindicação dos professores. Não é tudo o que se quer, mas evidencia que este Governo está disposto a restabelecer a dignidade dos professores, pagando as promoções atrasadas desde 1993, promovendo os servidores de escolas, o que não foi feito em governos anteriores". Dionilso Marcon- "O mérito é da luta da categoria e do respeito que o Governo Democrático Popular tem pelos trabalhadores em educação. Ao contrário do governo Federal, que vem arrochando os salários". Edson Portilho- "Estamos inaugurando uma nova relação do governo estadual com o Cpers-sindicato. Estamos retornando históricas bandeiras de luta, como o fim da sobreposição de níveis, o pagamento das promoções atrasadas, a incorporação gradativa do abono e o reajuste de 25%. A Assembléia Legislativa avalizou o que a assembléia da categoria aprovou". Ronaldo Zülke- "Com a aprovação desta proposta, o Governo põe fim às perdas salariais dos professores, que somadas às demais conquistas, como a sobreposição de níveis, o pagamento de 25%, mesmo que parcelado representa uma importante conquista da luta dos professores". Luciana Genro-"Os deputados da oposição, que criticam o reajuste proposto - que de fato é pouco frente à miséria da categoria - não têm credibilidade, pois são os responsáveis pela maior parte do arrocho salarial do funcionalismo público estadual".

07/26/2001


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