Azeredo lê artigo de Serra sobre os fundamentos das conquistas atuais do país



O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) elogiou, nesta quinta-feira (25), artigo do governador de São Paulo, José Serra, publicado na edição da revista Veja de 22 de fevereiro, em que este afirma que as conquistas do Brasil de hoje são resultado dos fundamentos estabelecidos ao longo dos 25 anos da Nova República. Azeredo classificou o artigo "denso, profundo e pertinente".

José Serra, assinala, diz o senador, que o PT "soube colher os bons frutos" de determinadas conquistas que rejeitou à época de sua implantação como o Plano Real e a consequente estabilidade da moeda, o Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Sistema Financeiro Nacional (Proer), de 1995, e outros que levaram o país à estabilidade econômica e à credibilidade externa de que o Brasil goza atualmente

Na avaliação de Serra, conforme Azeredo, "o Brasil de hoje tem a cara e o espírito dos fundadores da Nova República: senso de equilíbrio e proporção; moderação construtiva na edificação de novo pacto social e político; apego à democracia, à liberdade e à tolerância; paixão infatigável pela promoção dos pobres e excluídos, pela eliminação da pobreza e pela redução da desigualdade".

Serra mencionou ainda, disse Azeredo, a mudança ocorrida no Partido dos Trabalhadores, logo após assumir o poder, quando abandonou seu comportamento radical que o levou, por exemplo, a se recusar a homologar a Constituição de 88 e a se opor às medidas que visavam a estabilização da economia.

Outra avaliação de Serra que Azeredo ressalta é que as conquistas obtidas são uma mistura de erros e fracassos, e o seu caráter de impermanência. Mereceu destaque também a avaliação do governador de que as fases da história "não podem ser arbitrariamente datadas a partir de um ou outro governante ao qual queriam alguns devotar um culto de exaltação". Devem, segundo Serra, para ter coerência, corresponder a "instantes decisivos de mudança institucional" como a República, a Revolução de 30, a primeira redemocratização (45), o golpe de 64, a segunda redemocratização ou a Nova República.

Lula em Cuba

Como presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), Azeredo criticou a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela quarta vez a Cuba sem que tenha visitado uma única vez, em seus oito anos de mandato, a 15ª economia do mundo, o Canadá. Azeredo recordou que enquanto o Canadá ocupa a 24ª posição no ranking de países para que exportam para o Brasil, Cuba ocupa a 64ª.

-Com todo o respeito ao povo cubano, qual o critério do presidente Lula para não ir ao Canadá? - indagou.



25/02/2010

Agência Senado


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