BENEDITA DEFENDE MEDIDAS MAIS SEVERAS PARA VIOLÊNCIA CONTRA MULHER
Por ocasião do Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, a senadora Benedita da Silva (PT-RJ) defendeu hoje (dia 25) a necessidade de serem aplicadas medidas repressivas mais severas para crimes cometidos contra a mulher e de serem criados novos tipos penais, o que contribuirá para uma maior intimidação dos agressores. No seu entender, a aprovação de projeto de lei de sua autoria "será um passo importante" para a diminuição da violência doméstica, à medida que contribui para a superação das relações patriarcais de dominação.
- A violência em família não pode continuar sendo um crime menor. É preciso ensinar às mulheres, crianças e idosos que essas agressões não podem ser fato normal em suas vidas. O drama da violência só acabará quando for rompida a barreira do silêncio, do medo, da vergonha e da impunidade - afirmou.
A senadora enfatizou a importância de campanhas de esclarecimento da opinião pública sobre seus direitos, argumentando que muitas vítimas não denunciam a violência sofrida por desinformação, vergonha ou medo de represálias.
Benedita da Silva comentou dados do IBGE denunciando que 63% das agressões físicas contra mulheres acontecem em suas próprias residências. A Delegacia Especializada no Atendimento da Mulher (Deam) do Distrito Federal, segundo relatou, registrou 4 mil casos de violência doméstica, este ano, o que representa 70% do total de queixas recebidas. Segundo a senadora, crenças como "em briga de marido e mulher ninguém mete a colher" legitimam esse tipo de agressão, que "repercute gravemente no cotidiano da sociedade".
Além de ocasionarem ausência das vítimas ao trabalho e de crianças maltratadas à escola, essas condutas violentas geram sérios problemas físicos e psicológicos, o que, na opinião da senadora, transforma a violência em um problema de saúde pública. "É preciso esforços no sentido de que os serviços de saúde tornem-se mais atentos e conscientes da violência doméstica", defendeu, ao denunciar que as lesões resultantes de tipo de agressão não aparecem nos registros médicos.
Em aparte, a senadora Emília Fernandes (PDT-RS) defendeu a necessidade de uma maior sensibilização, por parte dos governantes, para a questão da violência contra a mulher. No seu entender, a presença e os trabalhos da senadora Benedita da Silva no Senado são significativos "dentro de um mundo injusto com a mulher, principalmente com a mulher negra".
25/11/1997
Agência Senado
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