Bernardi quer unir PPB, PFL e PSDB no Estado
Bernardi quer unir PPB, PFL e PSDB no Estado
O presidente estadual do PPB e pré-candidato ao governo do Estado, Celso Bernardi, defendeu, ontem, a reedição da aliança política que forma a base de apoio do governo Fernando Henrique Cardoso, tanto na eleição estadual quanto na eleição nacional. "É uma questão de coerência, já que não apenas os compromissos políticos são semelhantes, como também a responsabilidade pela manutenção dos avanços que a sociedade brasileira conquistou nos últimos anos, especialmente a estabilidade econômica", avaliou.
Para ele, a aliança não impede uma ou mais candidaturas do mesmo campo político, mas exige a construção de um projeto de governo conjunto que represente a manutenção e o aperfeiçoamento das conquistas para o povo. "No Rio Grande do Sul, essa aliança é ainda mais necessária do ponto de vista ideológico, pois o PT no poder executa o oposto daquilo que o PPB, o PFL e o PSDB querem para o Estado, que é a retomada da paz, do desenvolvimento econômico e da busca de melhores políticas sociais", declarou.
Para agilizar as tratativas da coligação, Bernardi está agendando, para os próximos dias, encontros com o comando nacional e estadual do PPB, do PFL e do PSDB.
Acordo aprova prorrogação do CPMF
Um acordo dos líderes de todos os partidos permitiu à Câmara aprovar hoje, em primeiro turno, a emenda constitucional que prorroga a Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF) de 18 de junho deste ano a 31 de dezembro de 2004. A nova CPMF terá alíquota máxima de 0 38%, como é hoje, até 31 de dezembro de 2003, e de 0,08% de 1.º de janeiro a 31 de dezembro de 2004.
A receita da CPMF para 2002 foi estimada em R$ 19,9 bilhões. Em 2001, foi de R$ 17,2 bilhões. São recursos anuais correspondentes a cerca de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB). O esforço fiscal de todo o setor público, recém-acertado com o Fundo Monetário Internacional (FMI), equivale a 3,35% e a 3,5% do PIB em relação a 2001 e 2002, conforme dados levantados pelo relator da proposta, deputado Delfim Netto (PPB-SP).
No acordo dos líderes, foi decidido ainda que seria apresentado um destaque para votação em separado (DVS) para retirar do texto a parte que isenta as operações na Bolsas de Valores da cobrança da CPMF. Para manter a isenção, a bancada governista teria de derrotar a proposta do PT por 308 votos.
A novidade em relação ao texto original de Delfim Netto foi a prorrogação da alíquota de 0,08%, correspondente ao que é repassado ao Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, até o fim de 2004. A divisão do dinheiro é a mesma existente hoje: 0 20% para o Fundo Nacional de Saúde, para financiamento das ações e serviços de saúde; 0,10% para o custeio da Previdência Social e 0,08% para o fundo da pobreza.
Ficou decidido ainda que estarão isentas da cobrança da CPMF as sociedades anônimas que trabalhem exclusivamente com a aquisição de créditos provenientes de operações praticadas no mercado financeiro.
Lula diz que há ambiente para aliança do PT com PL
O pré-candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse ontem, depois do café da manhã com o senador José Alencar (PL-MG) e o deputado Geraldo Magela (PT-DF), que há muito boa vontade para se formar uma aliança entre os petistas e os liberais. Segundo ele, o PT e o PL, caso formalizem uma coligação, vão discutir os pontos em comum e não as divergências. "Quando fazemos um programa somos obrigados a colocar idéias que são reivindicadas por outros partidos", disse Lula, ao reafirmar que depois de constituída uma aliança presidencial entre vários partidos o PT vai ajustar o seu programa de governo às idéias de seus aliados.
Segundo ele, esta será a primeira vez, caso formalizada coligação com o PL, que o PT vai sinalizar para a sociedade a idéia da construção de um novo contrato social com a união de quem conhece o "mundo do trabalho" (PT) e o "mundo empresarial" (José Alencar, cotado para ser o vice de Lula). "É claro que José Alencar não vai pedir que eu abra mão das minhas convicções, nem eu vou fazer isso", disse Lula.
Segundo ele, o programa de governo não vai ser do PT para o PT, mas um conjunto de idéias e reivindicações dos sindicatos, igrejas, sem-teto, sem-terra e partidos. Ele rebateu as críticas que estão sendo feitas pelos petistas, jornalistas e por integrantes do PL à aliança entre PT e os liberais. "Os mesmos que estão criticando a nossa decisão de nos aproximarmos do PL foram aqueles que nos criticaram em eleições passadas, dizendo que nós perdemos a eleição por não termos feito aliança com o centro", afirmou.Segundo Lula, o PT nasceu na oposição para chegar à situação.
Copom baixa juros para 18,25%
Após seis meses sem mexer na taxa de juros básica, o Comitê de Política Monetária (Copom) deixou o conservadorismo de lado e reduziu a Selic para 18,75%, uma queda de 0,25 ponto percentual.
Embora as apostas fossem de manutenção do patamar de 19%, o mercado já dava indícios de que haveria queda no curto prazo. O analista da Novação Corretora Felipe Laier conta que parte da alta de 2,39% no Ibovespa ontem foi resultante das apostas na queda da Selic. "Os impactos diretos de uma alteração tão pequena são poucos, mas indiretamente a decisão do Copom tem efeitos positivos sobre a bolsa", afirma. Os benefícios, segundo Laier, são a perspectiva de barateamento do custo dos empréstimos e conseqüente crescimento das empresas, e a redução na atratividade das aplicações em renda fixa, que oferecem remuneração a partir da Selic e concorrem com os investimentos em ações.
Outro indicativo de que a decisão era esperada, segundo o economista do Lloyds TSB Wilson Ramião é o fato de os juros futuros estarem apresentando quedas sucessivas. Os contratos negociados ontem na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) projetaram uma taxa de juros de 18,85% para a remuneração dos depósitos interfinanceiros (DI) de abril.
O ex-diretor do Banco Central e economista do Instituto Brasileiro do Mercado de Capital, Carlos Gomes, considera acertada a decisão do Copom. "Não havia mais justificativa para manter os juros tão altos, pois além de a demanda estar desaquecida, está ocorrendo entrada satisfatória de dólares e a tendência para a inflação é de queda", argumenta.
Gomes considera a redução pequena, mas diz que a meta inflacionária para 2002, é muito apertada para permitir grandes movimentos. "A necessidade de cumprir a meta de 3,5% amarra a política monetária e os juros em patamares elevados", diz. O ponto mais positivo, segundo o economista, é o alívio sobre a dívida pública. "O custo de remunerar 52% da dívida pública a 19% é muito elevado", enfatiza Gomes.
Para o setor produtivo, a retração nos juros é uma excelente notícia. "Além de ser um sinal para o mundo de que estamos em uma situação melhor do que no ano passado, cada redução na Selic tem um efeito muito maior sobre o crescimento", destaca o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Renan Proença.
Ele aposta na redução do custo de captação do dinheiro para viabilizar o incremento na produção. No entanto, o barateamento dos empréstimos não deve ocorrer no curto prazo. O economista do BBV Banco, Fábio Akira, diz que o repasse da alteração da Selic para os juros bancários não é imediato. "É preciso esperar para ver se a tendência de queda se mantém nos próximos meses", explica.
Programa irá financiar prefeituras
"O Programa RS Municípios representa o trabalho conjunto do governo estadual com as entidades municipalistas e as prefeituras, afirmando uma linha de desenvolvimento com inclusão social", afirmou o governador Olívio Dutra, durante a cerimônia de lançamento do projeto que começa a funcionar a partir de março. O programa retoma os financiamentos às prefeituras através da Agência de Fomento e do Banrisul para a execução de obras de infra-estrutura. Cerca de 300 prefeitos e representantes de prefeituras do Estado participaram da solenidade, que aconteceu ontem, em Porto Alegre.
O programa faz parte da política de desenvolvimento do governo do Estado e assinala o reinício dos investimentos em obras de infra-estrutura, saneamento básico e equipamentos sociais nos municípios gaúchos. As linhas de financiamento retomam e ultrapassam o Fundopimes, impedido de funcionar pelo governo federal, através do artigo 35 da Lei de Responsabilidade Fiscal, explicou Jackson De Toni, diretor geral da Secretaria de Coordenação e Planejamento, que fez a exposição dos detalhes técnicos do novo programa. De acordo com De Toni, houve um grande interesse dos prefeitos no detalhamento do funcionamento do RS Municípios.
No encerramento do encontro, o presidente da Fundação de Economia e Estatística (Fee), José Antônio Alonso, apresentou o Anuário Estatístico do RS, distribuído a todos os prefeitos na forma de CD, destacando as potencialidades e o universo de dados que disponibiliza sobre todos os municípios gaúchos e sobre o Estado.
O secretário de Coordenação e Planejamento, Adão Villaverde, explicou a importância dos recursos ofertados pelo RS Municípios. "O programa vai operar em duas linhas básicas: a padrão, com acesso a todos os municípios do Estado, e a de caráter social, destinada às comunidades com maior vulnerabilidade social". O secretário destacou ainda que a parte social é dividida em duas modalidades - a de iniciativa municipal, constituída por ações das prefeituras, e a social integrada, para projetos conjuntos entre as prefeituras e programas do governo do Estado. Os juros, na modalidade padrão, se equivalem ao programa anterior, enquanto que, na modalidade social, serão bem mais vantajosos. Quanto às carências e amortizações, as novas condições são bem melhores.
Os representantes das entidades municipalistas, presentes ao lançamento, apoiaram o programa. Representando a Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Urbano Knorst, afirmou que a entidade é parceira no desenvolvimento do programa. O presidente da Confederação Nacional de Municípios, Paulo Ziulkoski, criticou as pressões do FMI indicando-as como responsáveis pela impedimento de funcionamento do Pimes e relembrou que, enquanto a vida real das pessoas transcorre no âmbito de seus municípios, as leis são centralizadas por Brasília.
Supermercados são multados pela falta de etiquetas
O Programa Estadual de Defesa do Consumidor (Procon-RS) realizou ontem blitze nos supermercados de Porto Alegre para verificar o cumprimento da determinação da Justiça que obriga o uso de etiquetas de preços em todos os produtos disponíveis nas lojas. Balanço preliminar do Procon-RS até o final da tarde revela que, dos 11 estabelecimentos fiscalizados, seis foram autuados.
Não foram encontradas irregularidades em quatro lojas do grupo Zaffari e em uma da rede Bird. As multas serão aplicadas a cinco lojas do grupo Sonae (que detém as bandeiras Big e Nacional) e à unidade do Carrefour do bairro Partenon. O valor é calculado de acordo com o faturamento de cada unidade. Uma das lojas autuadas, que movimenta R$ 1,4 milhão, receberá penalidade de aproximadamente 200 mil Ufirs, o equivalente a R$ 212,8 mil por infração.
As empresas autuadas têm o prazo de dez dias para prestar informações ao Procon ou apresentarem defesa. "Como essas empresas são reincidentes, podemos aumentar em dois terços o valor da multa", informa o coordenador do Procon-RS. Ben-Hur Rava diz que as multas aplicadas anteriormente ao Sonae e Carrefour foram inscritas como dívida ativa junto à Secretaria Estadual da Fazenda.
A operação intensiva, segundo ele, tem o objetivo de retomar a questão. Rava lembra que, desde o dia 18 de novembro de 2000, os supermercados são obrigados a fixar preços individuais nos produtos. O Procon-RS diz que a lei estadual 11.609/2001 foi declarada inconstitucional pela Justiça Federal.
A legislação, que foi aprovada em abril do ano passado, buscava regular a metodologia de informação de preços ao consumidor no setor de auto-serviço - onde o consumidor tem acesso direto ao produtos - e desobrigava a colocação de etiquetas em todas as mercadorias. "Por isso o trabalho é baseado em decisões federais e no Código de Defesa do Consumidor", argumenta Rava.
Até o final desta semana, o Procon mantém a fiscalização de forma mais intensa nos supermercados. Rava diz que a idéia é buscar informações junto aos Procons municipais para ver como a questão está sendo encaminhada no Interior do Estado.
Procon determina retirada de produtos das prateleiras
A fiscalização do Procon levou à retirada de uma série de produtos das prateleiras pelo descumprimento do Código de Defesa do Consumidor (CDC). As principais irregularidades foram a falta da etiqueta e a venda casada de produtos.
Conforme o coordenador do Procon, Ben-Hur Rava, o produto sem preço fere um direito básico do consumidor, determinado no artigo 6º do CDC, que determina a obrigatoriedade de informações adequadas e claras sobre os diferentes produtos e serviços, suas especificidades, quantidade, características, qualidade e preço, assim como os riscos que apresentam. "Todos os sinais da oferta caracterizam um pré-contrato. O consumidor precisa ter condições de avaliar o produto", alega Rava. A colocação da etiqueta em algumas mercadorias - caso dos artigos localizados nas primeiras fileiras das gôndolas - não é suficiente para caracterizar o comprimento da lei.
O coordenador de operações, supervisão e controle do Procon, Renato Moreira Dorneles, alertou que a venda casada, prática encontrada em diversos estabelecimentos, não costuma chamar a atenção do consumidor. Este é o caso dos iogurtes agrupados em uma só embalagem. Data de validade, estado de conservação e propaganda enganosa foram outros itens avaliados pelos oito fiscais do Procon envolvidos na operação.
Empresas autuadas prestam esclarecimento
A Sonae Distribuição Brasil, uma das empresas autuadas ontem pelo Procon-RS, distribuiu nota onde diz que todas as medidas são tomadas no sentido de garantir os melhores produtos e também a informação clara e precisa a respeito dos itens comercializados. "Quanto à etiquetação dos produtos, nossas lojas têm cumprido a tutela antecipada pela juíza de Direito, dentro do princípio da razoabilidade", afirma o diretor jurídico da empresa, Pedro Mansur Buffara, através da nota. O comunicado da empresa argumenta ainda que as lojas, além das etiquetas, mantém as leitoras ópticas.
No que se refere a embalagens de produtos, a empresa alega que a forma de apresentação já vem disposta pelo fabricante, não havendo possibilidade, por parte do comerciante, de modificação de qualquer ordem na embalagem, ocorrendo inclusive sanções no caso de violação. "A Sonae seguirá buscando os melhores entendimentos com o Procon-RS, já que é esta a conduta nos estados de Santa Catarina, Paraná e São Paulo, com resultados favoráveis aos consumidores", diz o comunicado.
O Carrefour atribui a falta de etiquetas em alguns produtos à falha humana. De acordo com a empresa, dos 70 mil itens disponíveis na loja do Partenon, apenas cinco estavam sem o preço individual afixado, em função da agilidade necessária para reposição de produtos. A empresa diz que a determinação é que 100% das mercadorias estejam com etiquetas e, para facilitar a consulta de preços, coloca à disposição dos consumidores 20 leitores ópticos, um a cada 500 m² da loja.
Colunistas
AD ÃO OLIVEIRA
O presidente Fernando Henrique Cardoso inicia hoje à noite na Suécia uma viagem de seis dias, que incluirá também a Polônia e a Eslováquia. É a primeira vez que um presidente brasileiro visita a Escandinávia e a Eslováquia. Haverá de tudo nesse giro de Fernando Henrique: reunião de cúpula de governantes social-democratas, discussões bilaterais sobre comércio e investimentos e até uma passagem por Cracóvia, para visitar a catedral da qual o papa João Paulo II foi cardeal.
Terceira Via
Fernando Henrique participa no sábado da terceira reunião de cúpula sobre governança progressista, o nome dado à corrente política que busca uma terceira via, conjugando o liberalismo econômico com preocupações na área social. Este ano, farão parte da Cúpula Progressista de Estocolmo 13 chefes de Estado e de governo, entre eles, os primeiros-ministros da Grã-Bretanha, Tony Blair, da França, Lionel Jospin, e de Portugal, Antônio Guterres, o chanceler alemão, Gerhard Schroder e o presidente chileno, Ricardo Lagos.
Mercado
O Brasil é o quarto maior mercado para a Suécia, que está entre os 11 maiores investidores no País. Há 180 empresas suecas no Brasil, que vendem no País 7 bilhões de euros por ano. O estoque de investimentos dessas empresas - que incluem gigantes como Ericsson, Electrolux, Scania, Volvo e AGA, - é hoje de US$ 3 bilhões e, segundo a Câmara de Comércio Sueco-Brasileira, deve incorporar mais US$ 1 bilhão nos próximos cinco anos.
Comércio
O grupo sueco Saab, fabricante dos aviões JAS Gripen, concorre, em consórcio com a British Aerospace, na licitação da Força Aérea Brasileira (FAB) para a compra de 12 a 24 caças, no valor de US$ 700 milhões. Por outro lado, o Brasil tem interesse em melhorar a balança comercial com a Suécia. Em 2001, o Brasil exportou US$ 175,2 milhões, principalmente em café, partes para aviões e telefones celulares, e importou US$ 811,7 milhões, sobretudo em partes para telefones celulares, para veículos automotores, para motores a diesel e para radiotransmissores.
Mudanças
O ingresso da Suécia na União Européia (UE), em 1995, obrigou o país a adotar, gradualmente, as barreiras alfandegárias do bloco, dificultando as exportações agrícolas brasileiras. "Tínhamos um regime agrícola bem mais livre", reconheceu um diplomata sueco. Ao lado da Alemanha, Grã-Bretanha e Holanda, a Suécia defende mudanças na Política Agrícola Comum, condição brasileira para a liberalização do comércio entre o bloco europeu e o Mercado Comum do Sul (Mercosul).
Polonia
Fernando Henrique reúne-se amanhã, sexta-feira, com o primeiro-ministro Goran Persson e o empresário Jakob Wallenberg, presidente do maior conglomerado sueco. O presidente vai aparar arestas com o primeiro-ministro do Canadá, Jean Chrétien, que vem para a reunião de cúpula, e com quem Fernando Henrique mantém bom relacionamento pessoal. O presidente embarca no domingo para a Polônia, onde se reunirá na segunda-feira com o presidente Aleksandr Kwasniewski.
Aviões
Com a Polônia, os principais interesses são a venda de aviões da Embraer, de São José dos Campos, no Vale do Paraíba (SP), para a companhia aérea LOT, que comprou 15 jatos da empresa brasileira, e a exportação de carnes. Devem ser assinados um acordo fitossanitário e outro zoossanitário, abrindo caminho para uma rotina de inspeções nos dois países.
CARLOS BASTOS
Aliança de Ciro terá reflexos no Estado
A aliança nacional entre o PPS, o PDT e o PTB em torno da candidatura de Ciro Gomes à presidência da República, que está sendo formalizada hoje em Brasília em reunião de Leonel Brizola, Roberto Freire e José Carlos Milanez, terá reflexos no Rio Grande do Sul. As negociações iniciais já aproximaram as bancadas dos três partidos em sua atuação na Assembléia e houve um almoço de confraternização ontem. A evolução natural será uma aliança a nível estadual, mas há algumas dificuldades a serem superadas. Os pedetistas já têm candidato a governador, que é o vereador José Fortunati, presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre. O PPS, por seu lado, conta em seus quadros com o ex-governador Antônio Britto, líder inconteste em todas as pesquisas. O mesmo acontece com o PTB de Sérgio Zambiasi, mas o presidente da Assembléia só admite concorrer ao Senado Federal. Brizola e o PDT vão exigir, na reunião de hoje, que a aliança nacional deva ser formada em todos os Estados. Isso é uma tarefa complicada, pois há as circunstâncias locais.
Diversas
Última
Após a solenidade de lançamento do RSMunicípios, o governador Olívio Dutra descartou a possibilidade de o PT estar dividido devido à realização das prévias. Ele reafirmou que qualquer candidato do partido ao Palácio Piratini tem condições de dar prosseguimento ao trabalho que vem sendo feito. O governador recebeu no Palácio Piratiní, ontem, o apoio do presidente do Movimento Nacional dos Trabalhadores Sem Terra, João Pedro Stédile. Hoje à tarde, ele receberá a adesão de sete dos 11 deputados estaduais do PT.
FERNANDO ALBRECHT
O prestígio da Farsul
Até mesmo o presidente da Farsul, Carlos Sperotto, surpreendeu-se com a presença quantitiva e qualitativa no jantar dos 75 anos de fundação da entidade, terça à noite. Além de deputados e jornalistas, o evento contou com a presença do presidente do STJ, ministro Paulo Costa Leite, do presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador José Eugênio Tedesco, acompanhado dos vices do TJ, do presidente do TRF da 4ª Região, Teori Zavascki, além do ex-ministro Paulo Brossard. Foi um festão e tanto, animado à descontração, bom humor e reconhecimento pelo que a entidade fez e faz pelo Rio Grande.
Preocupação de ministro
O ministro Costa Leite, colorado até a medula - é conselheiro do Inter - quis conhecer este colunista, que outro dia publicou foto sua com a camisa do clube. A folhas tantas foi-lhe dito que não era boa a situação do Gigante do Beira Rio, que estava afundando alguns centímetros por ano. Preocupadíssimo, Costa Leite quis detalhes. Simples: neste ritmo, lá pelo ano 22.385 o Inter chega a Tóquio. Costa Leite levou na boa e riu um bocado.
Novo assessor
O jornalista Joabel Pereira, gente finíssima e referência nacional na área jurídica, assumiu a assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça. Joabel ultimamente vinha atuando no TRE e aceitou o convite da administração Tedesco para trocar de casa. Grande aquisição.
E por falar em TJ...
...as relações entre a OAB/RS e Tribunal de Justiça, que andaram ruins nos últimos dois anos, tendem a voltar às boas. Ontem o desembargador José Eugênio Tedesco manteve longa conversa com Valmir Batista, presidente da OAB. Depois da conversa com a cúpula do TJ, a diretoria da Ordem rumou para a sede da Ajuris para cumprimentar seu novo presidente, o desembargador José Aquino Flores de Camargo.
Terra de ninguém
O colunista Azul Marinho Castilhos entrou nas estatísticas pela segunda vez. Há meses, assaltaram seu apartamento no Centro e levaram jóias e outros pertences. Ontem, na rua Arlindo Pasqualini, Ipanema, assaltantes agrediram o colunista e sua secretária a coronhadas, levando seu Hyundai azul marinho e as jóias que ele vende.
Afinal de contas...
Cada interlocutor que pretende decifrar as esfinges políticas Antônio Britto e Sérgio Zambiasi recebe uma informação "confidencial" sobre o futuro político da dupla. Britto ainda é o campeão das negativas - garante que não vai se candidatar a governador - mas Zambiasi vai encostando nele nesta especialidade. Está ficando chata a indefinição.
...la nave va ou não?
Para o jornalista Diego Casagrande, o presidente da Casa do Povo disse que vai mesmo disputar a Assembléia. Para outros, diz que vai ao Senado. Quem diz "anota o que estou dizendo", que Britto/Zambiasi vão ou não para governador, convém lembrar que as chances de erro/acerto são de 50%. De formas que o Estado está porrr aqui de pitonisas.
Polêmica Portosol
O economista Fernando Ferrari Filho volta à carga sobre a Portosol, criticada pelo também economista Mauro Salvo. Ferrari nega o ataque pessoal e que o Portosol não sofre ingerência do PT por ser uma ONG, de cujo conselho participam entidades como a AJE, Federasul e governos. Os juros são altos por causa da inadimplência, mas mais baixos que qualquer outra do mercado do microcrédito, diz o professor Ferrari. Encerrada a polêmica Portosol.
E dê-lhe cartel
Cidadão que comprou uma torneira de pia fez uma minipesquisa de custo para instalação da peça. Consultou quatro instaladoras e, para sua surpresa, constatou que três delas cobravam exatamente o mesmo preço, R$ 35,00 - a outra, que acabou fazendo o serviço cobrou R$ 30,00. Cartelizaram até a instalação de torneiras?
No tempo das carroças
Quem examina mais de perto aqueles carros alegóricos das escolas de samba ainda estacionados nas imediações do trem Coester fica admirado com estas obras de engenharia. O verdadeiro milagre é ter quebrado só uma daquelas geringonças durante os desfiles carnavalescos. Mas o que é aquilo?
Água mais cara
O conselho do Dmae aprovou ontem um aumento de 17,97% nas tarifas de água e esgoto. Dos 10 integrantes, votaram contra a Sociedade de Engenharia - que foi a primeira a contestar o reajuste - Secovi, Uampa e Ciergs. Votaram pelo aumento, e aí as surpresas, a Federasul (ACPA), Dieese, Sociedade de Economia e o Sindicato dos Municipários. Deu empate, porque a ARI e a Ufrgs se abstiveram, mas o voto de Minerva do Dmae decidiu pelo aumento, já em março.
Associação Nacional dos Membros do MP aprovou ação junto ao STF contra a revista de promotores e advogados nos presídios.
Colégio Cruzeiro do Sul comemora este ano 90 anos com novidades para seus alunos.
Frederico e Francisco Glitz, da Frico, acompanham a missão presidencial à Polônia.
Impresul, maior e mais premiada gráfica gaúcha, comemora este mês 34 anos.
Simpósio da Associação Internacional para a Ciência da Vegetação será de 3 a 8 de março, promoção Instituto de Biociências da UFRGS.
Flávio Obino Filho concorre à presidência do Jockey Club apoiado pelo trio Cirne Lima, Flávio Obino e Carlos Araújo.
Martha Becker Assessoria fechou parceria com a Ketchum Estratégia, cuja matriz é em Nova Iorque.
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02/21/2002
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