Bernardo de Souza analisa posição do PPS para 2º turno



"As eleições legislativas deste ano demonstraram que o eleitor, ao contrário do que se alega, admite as mudanças de partido. O que ele não tolera é a troca partidária por motivação fisiológica, que não pode ser atribuída a nenhum dos deputados que ingressaram no PPS". A opinião é do líder da bancada do PPS, deputado Bernardo de Souza, que ocupou a tribuna na sessão de ontem (15/10) para comentar a posição do partido para o segundo turno e avaliar os resultados da primeira etapa da eleição.

O parlamentar acha que o PPS fez o seu papel ao lançar candidatos próprios nas disputas majoritárias nacional e estadual. A recomendação da direção nacional do partido de apoiar o candidato à Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, não será seguida pelo deputado. "Esta é uma decisão com a qual não concordo", afirmou. A manifestação de postura diferente daquela tirada pela Executiva nacional do PPS encontra amparo no artigo 13, inciso 5° do estatuto partidário, que estabelece a livre expressão de opiniões, mesmo que divirjam das posições da direção partidária. O parlamentar também comentou sobre a orientação, tirada pela Executiva Estadual do PPS, de apoio ao candidato do PMDB, Germano Rigotto.

Ao saudar a nova bancada eleita, composta por ele e pelos deputados Berfran Rosado e Cezar Busatto, Bernardo de Souza ponderou que uma das lições captadas pelas urnas foi com relação ao argumento de que candidato que muda de partido não é eleito. "Está provado que isto não é verdade. Todos nós do PPS mudamos de partido no meio do mandato e fomos para um partido que não tinha ministro, governador ou prefeito. Contava apenas com seis vereadores. O eleitorado não considerou esta mudança como decisiva em suas avaliações", ponderou.

O líder da bancada avaliou como positiva a soma global de votos da sigla. Em 1998, o PPS recebeu pouco mais de 1% dos votos para a Câmara dos Deputados. Nesta eleição, ficou em mais de 3%, triplicando a votação.

10/15/2002


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