Brasil obteve conquistas importantes no enfrentamento à pobreza



Segundo a Organização das Nações Unidas, ainda é preciso combater desigualdades raciais e de gênero para continuar avançando

 

Brasília está recebendo o seminário Interseccionalidade de Gênero, Raça e Etnia: o Trabalho Conjunto na Elaboração e Implementação de Políticas Públicas. O evento, que começou nesta quinta-feira (16) e vai até a sexta-feira (17), tem como objetivo juntar governo e sociedade civil para debater e solucionar as desigualdades sociais no País. 

O coordenador residente do Sistema Nações Unidas no Brasil, Jorge Chediek, participou do evento e avaliou que o País obteve conquistas importantes no enfrentamento à pobreza, mas precisa combater as desigualdades raciais e de gênero para continuar avançando.

Segundo Chediek, o Brasil "fez um novo milagre no século 21 ao elevar à classe média 40 milhões de pessoas e fazer ainda grande redução da pobreza, com a melhora dos indicadores globais de políticas sociais".

Mas, de acordo com o coordenador, esses avanços “ainda ocultam grandes problemas relacionados ao secular padrão de discriminação de gênero, raça e etnia que existem no Brasil e que não podem ser solucionados só por ação ministerial ou de governo, mas que requerem mudança cultural com a participação ativa da sociedade". Para ele, a discriminação de gênero e raça no Brasil "é inimiga do próprio progresso do País, por isso tem que ser combatida".

Durante o seminário, serão discutidas, também, questões relacionadas ao Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia, que vem sendo desenvolvido no Brasil com apoio de programas da ONU.

O seminário vai debater inovações, potencialidades e desafios em políticas públicas promovidas em conjunto pelas agências da ONU, pelo governo federal e pela sociedade civil, no âmbito do Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia.

Para a representante da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Sônia Malheiros "não há como chegar à igualdade sem enfrentar as diferenças do gênero e raciais. Ela alerta que "não adianta [ter] só intenções, mas é preciso também [ter] recursos para que as políticas públicas necessárias para o estabelecimento da igualdade sejam implementadas".

O representante da Secretaria de Políticas para Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiz Barcelos, destacou que as iniciativas dos programas nessa área trazem grande aprendizado e contribuem para afinar o trabalho dos setores envolvidos, o que considera "fundamental para o sucesso das metas do Plano Plurianual de Investimentos [PPA], programado para 2012-2015, de forma a afetar positivamente a vida das pessoas".

 

Leia mais:

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Fonte:
Agência Brasil



16/08/2012 20:08


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