Brasil pede desculpas formais à família do militante Arnaldo Cardoso Rocha
O Estado brasileiro pedirá nesta quarta-feira (11) desculpas formais à família do militante político Arnaldo Cardoso Rocha, da Aliança Libertadora Nacional (ALN), morto no dia 15 de março de 1973, em São Paulo. O laudo oficial da morte será contestado após análise dos restos mortais do militante.
A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), e os peritos que trabalharam na análise do corpo, entregarão um conjunto de informações aos familiares que comprovam que a morte ocorreu em decorrência de perfuração por projetis de arma de fogo.
No dia 12 de agosto de 2013 a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, ligado à SDH/PR, realizou a exumação do corpo, com apoio de peritos da Policia Federal.
A contestação da causa mortis de Arnaldo se insere no processo de exumações realizado no último período pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, como a do ex-presidente João Goulart.
Arnaldo, então com 23 anos, foi morto com mais dois companheiros da ALN, Francisco Emanuel Penteado, de 20 anos, e Francisco Seiko Okama, de 26 anos. A versão oficial divulgada pela polícia na época é que eles resistiram à prisão ao serem abordados pela polícia em São Paulo, e que dois deles morreram no local. Entretanto, testemunhos colhidos nos anos 80 apontam que, pelo menos dois deles, Arnaldo e Seiko, feridos a bala, foram colocados num carro e levados para o Doi-Codi (um dos principais organismos do aparato de repressão), onde foram ainda torturados e morreram.
Fonte:
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
11/12/2013 12:00
Artigos Relacionados
Cristovam pede desculpas a família de torcedor que morreu devido a coronhada
PM PEDE DESCULPAS POR INCIDENTE COM SUPLICY
Cristovam pede desculpas por ter apoiado mínimo de R$ 260
Demóstenes pede desculpas e se diz alvo de campanha difamatória
Gilvam Borges pede desculpas aos depoentes da CPI do Futebol
Ideli pede desculpas a Virgílio por citá-lo em sua ausência