Cândido quer justiça para servidores da Marinha



O senador Geraldo Cândido (PT-RJ) fez, nesta quinta-feira (27), um apelo às autoridades federais, para que resolvam, de uma vez por todas, o grave problema dos 7.263 servidores civis do Comando da Marinha. Lotados principalmente no Arsenal de Marinha, no Rio de Janeiro, e na Base Naval de Aratu, na Bahia, eles deixaram de ser enquadrados no Regime Jurídico Único (RJU) e se encontram fora das promoções funcionais, percebendo salários indignos, que têm até de ser complementados para chegarem ao salário mínimo - afirmou.

O Arsenal de Marinha do Rio, segundo o senador, "já foi um verdadeiro parque industrial de avançada tecnologia, com profissionais altamente capacitados que garantem a qualidade da produção e reparos de navios de guerra, como fragatas, corvetas, embarcações de tropas, navios patrulha e até submarinos nucleares". Atualmente os profissionais que lá trabalham estão submetidos a salários irrisórios e aviltantes, sendo tratados de forma absolutamente injusta, inflexível e intolerante pelo Comando da Marinha, acrescentou.

Para o senador, não faz nenhum sentido que esses servidores continuem sendo tratados dessa forma, privados ainda do enquadramento no Plano de Cargos e Carreiras (PCC). Por estarem vinculados à antiga Tabela de Especialistas, explicou Geraldo Cândido, aqueles trabalhadores têm direito ao enquadramento no RJU, como prevê a Lei nº 5.645, de 1970.

Cândido valeu-se também da oportunidade para declarar o seu repúdio à atuação do crime organizado no Rio de Janeiro, destacando o esforço feito pela governadora Benedita da Silva no sentido de organizar uma verdadeira força-tarefa para fazer prevalecer a autoridade do Estado. Na opinião do senador, a ação ousada e audaciosa dos bandidos no Rio de Janeiro exige de toda a sociedade uma resposta imediata.



27/06/2002

Agência Senado


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