CÂNDIDO DIZ QUE SERVIDORES PERDERAM 42% DO SALÁRIO
- O funcionalismo público, junto com a Previdência Social, foram eleitos os bodes expiatórios dos problemas financeiros do governo e do país. Com isto, o governo lança uma cortina de fumaça com a qual pretende esconder sua própria incompetência, desleixo administrativo e até corrupção - disse, ao destacar a importância da realização da greve dos servidores públicos.
Segundo Geraldo Cândido, no início do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, a dívida pública era de R$ 154 bilhões e no final do primeiro mandato presidencial passou para R$ 335 bilhões. "Por conta disso, o orçamento fiscal do ano passado previa pagar, de juros e amortização da dívida, R$ 345 bilhões; isto corresponde a 80% do orçamento fiscal", afirmou.
No orçamento federal de 1999, acrescentou, foram destinados ao pagamento de pessoal e encargos sociais R$ 22 bilhões. "No mesmo orçamento, R$ 50 bilhões deverão ter sido pagos de juros e encargos, isto é mais que o dobro destinado ao funcionalismo público", observou.
- Fica assim evidente que a responsabilidade pela situação econômica de nosso país não é do funcionalismo, mas da política irresponsável de endividamento e de oferecimento de altos juros praticada pelo governo Fernando Henrique - afirmou.
Geraldo Cândido criticou ainda a decisão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que suspendeu, por meio de portaria, o pagamento de 26% para os servidores, relativos às perdas ocorridas com o plano Bresser. "Essa decisão é ilegítima, pois uma portaria ministerial não pode revogar uma decisão judicial", criticou.
11/05/2000
Agência Senado
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